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Enviada em: 13/08/2018

Segundo a Constituição de 1988, todos têm direito à educação. Logo, após o surgimento de um novo tipo de ensino, a Educação à Distância, esse acesso tornou-se mais viável a uma grande parcela da sociedade. Entretanto, fatores como a ausência da democratização tecnológica e a descrença nesse tipo de ensino contribuem como barreiras para a construção de um projeto moderno e facilmente acessível a todos.     Primeiramente, deve-se compreender que o acesso à internet ou aparelhos eletrônicos não é um fator comum entre toda a vertente social. Isso decorre do atual sistema capitalista no qual estamos inseridos, já que a capacidade financeira possui forte influência na aquisição de bens materiais, o que ocasiona na marginalização das classes inferiores que não possuem uma renda mínima para usufruir desse novo tipo de democratização educacional. Prova disso, são os dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que comprovou que mais de 35% da população não tem acesso à internet. Por consequência disso, as oportunidades de ensino tornam-se desiguais.     Ademais, apesar do grande espaço que esse sistema educacional conquistou, inúmeras pessoas têm uma visão pessimista em relação à questão de disciplina e qualidade. Afinal, muitos outros estudantes creem na ineficácia em conciliar a vida acadêmica e a social na comodidade do próprio lar e com um controle flexível sobre o tempo e o local de estudos,sem ao menos terem algum tipo de experiência com o método. Contudo, esses tipos de pensamentos não afetam no crescimento do ensino já que, segundo os dados da Associação Brasileira de Educação à Distância (ABED), em 2014, mais de 3,0 milhões de universitários matricularam-se em faculdades que oferecem cursos EAD.     Torna-se evidente, portanto, a necessidade da garantia de educação à distância a todos também no âmbito virtual. O Governo em conjuntura com Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) precisa investir na elaboração de cursos de informática básica gratuita para a inclusão das camadas sociais que não possuem condições financeiras, além do acesso à internet com as despesas quitadas através dos impostos pagos pela sociedade, para que essa camada mais pobre não seja marginalizada e todos também tenham as mesmas oportunidades. Por último, cabe ao Ministério da Educação (MEC) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) produzir palestras e campanhas publicitárias nas escolas e nos veículos de comunicação demonstrando a importância que esse ensino à distância possui e como ele pode influenciar em um novo olhar sobre a forma de educar. Desse modo, a proposta apresentada pela Carta Magna será nacionalmente válida e constatada na prática.