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Enviada em: 14/08/2018

Reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), por meio do Decreto nº 5.622 de 2005, a Educação a Distância (EaD) pode ser conceituada como a modalidade que possibilita, por meio de recursos tecnológicos, o ensino e a aprendizagem a distância. Desta forma, a EaD desempenha um papel fundamental na democratização da educação no Brasil, ao permitir que um número maior de pessoas tenham acesso ao ensino superior.       Por se tratar de um país de proporções continentais, a parte da população que vive no interior, em regiões afastadas dos grandes centros, muitas vezes não encontra a oferta de cursos de graduação nas proximidades. Desta forma, utilizando-se principalmente da internet, essa modalidade de ensino alcança pessoas que estão em regiões de pouco interesse das instituições de educação presencial, seja simplesmente por causa da sua distância geográfica ou por possuírem baixa demanda. A EaD, por não necessitar de grandes investimentos em infraestrutura, como a construção de salas escolares, chega ao interior com maior facilidade, equilibrando a oferta e a demanda educacional.       Esse acesso não é apenas facilitado pela tecnologia, mas também pelo aspecto financeiro: a maioria dos cursos ofertados a distância custam menos do que os presenciais. Trata-se, portanto, de uma alternativa para aqueles que não possuem condições de custear um curso presencial, em que, além do valor pago pelo curso, há ainda outros custos associados, como, por exemplo, o de deslocamento ou o de alimentação.         Apesar da procura pela EaD ter crescido nos últimos anos, essa modalidade de ensino ainda sofre preconceito: seus cursos são caracterizados como "mais fracos" em relação aos presenciais. Ou seja, há ainda aquela visão de que o ensino somente de qualidade se dá apenas por meio das maneiras convencionais, o que não passa de um grande equívoco. O aluno de EaD precisa ter tanto comprometimento e disciplina com o seu aprendizado quanto um aluno presencial, trata-se apenas de uma plataforma diferente de ensino, mais dinâmica e, sobretudo, mais democrática.       Contudo, para que a EaD continue a representar essa função social é preciso acabar com esse preconceito e, para isso, torna-se necessário a ampla divulgação da sua importância e de como ela é regulamentada e atende à normas de ensino tão rígidas quanto as que as instituições tradicionais atendem. O MEC deu um grande passo ao regulamentar essa modalidade de ensino, mas precisa continuar supervisionando as instituições que ofertam esses cursos para que a educação não chegue apenas a mais lugares, mas que também seja de qualidade.