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Enviada em: 02/09/2018

O avanço da internet, a partir da década de 1980, com uso das tecnologias possibilitou o acesso à informação e ao conhecimento. Essa expansão contribuiu para a difusão da Educação a Distância (EaD), sistema de ensino, que utiliza os recursos tecnológicos como metodologia de ensino e aprendizagem. Contudo, os obstáculos da EaD constituem empecilhos para implementação de um ensino de qualidade e inclusivo.         Nessa perspectiva, a exclusão digital impede o desenvolvimento da EaD. Conforme o ativista Martin Luther King, todo progresso é precário e a solução para um problema coloca o indivíduo diante de outro problema. Nessa lógica, a população de baixo poder aquisitivo não usufrui desse tal progresso, visto que o alto preço da internet e de computadores ou tablets, indispensáveis para o acompanhamento das aulas, dificultam que a EaD esteja ao alcance de todos. De acordo com a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apenas 30% dos brasileiros, com a renda metade de um salário mínimo, possuem internet em casa. Dessa forma, essas pessoas vivem às cegas em um mundo de oportunidades que a Educação a Distância proporciona.        Ademais, os altos índices de evasão prejudicam o ensino ofertado pela EaD. A falta da tradicional forma de aprendizagem aluno-professor, o insuficiente domínio do uso do computador e a dificuldade do aluno em expor suas dúvidas, corroboram para a desistência. Além disso, há uma quebra de expectativa por parte do aluno, uma vez que muitos pensam que a dedicação não é a mesma de um curso presencial, assim quando se deparam com a realidade acabam abandonando o curso. Segundo a ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância), a taxa de evasão nos cursos online é de 50%. Logo, as instituições de ensino devem analisar os problemas e propor novas alternativas para diminuir os índices de evasão.         Superar, portanto, os fatores negativos da EaD requerem desafios. Para isso, cabe ao Ministério da Educação criar um programa nas comunidades carentes, por meio da criação de laboratórios de informática e contratação de técnicos especializados, com o intuito de proporcionar ao indivíduo sua inclusão digital e consequentemente o acesso à EaD. Outrossim, as instituições de ensino devem melhorar a gestão dos cursos EaD, por intermédio da contratação de tutores qualificados e melhoria da plataforma do curso, informando a rotina ao aluno, de forma a conscientizá-lo a respeito do que lhe será cobrado, com o objetivo de atenuar os índices de evasão.