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Enviada em: 31/08/2018

O avanço tecnológico e a maior acessibilidade a esse recurso provocaram profundas mudanças na sociedade. Uma das transformações é a ampliação do ensino a distância (EAD), o qual abandona o modelo escolar vigente desde as Revoluções Industriais e promove uma educação mais adequada aos dias atuais. Apesar de haver uma aversão ao EAD, ele tem grande importância na modernidade, porque propicia a inclusão educacional e desenvolve a autonomia dos cidadãos.       É primordial ressaltar que o número de ingressantes nas faculdades subiu 100%, entre os anos de 2003 e 2014, segundo dados do Inep. O ensino a distância representa 30% desses estudantes e é o principal responsável pelo crescimento do número de matrículas, porque proporciona a acessibilidade dos menos favorecidos em universidades. Além da vantagem no custo/benefício, essa inclusão também decorre da utilização de metodologias que quebram barreiras no espaço geográfico e temporal para a democratização do aprendizado. Consequentemente, há a popularização desse molde de ensino e a facilitação em formar profissionais qualificados em diversas áreas.       Em segundo plano, deve-se abordar que a educação tem raízes amargas, mas os frutos são doces, segundo o filósofo Aristóteles. O ensino a distância relaciona-se diretamente com essa frase do pensador, visto que o aluno necessita criar autonomia para buscar conhecimento, num processo demorado, a parte amarga. Por consequência do desenvolvimento da autossuficiência, não apenas os formandos sentem o gosto doce da obtenção do diploma, mas também a sociedade evolui, já que a formação pelo sistema EAD produz cidadãos mais conscientes e preparados, os quais contribuirão para uma sociedade melhor com as novas ideias e questionamentos.       Diante dessa questão, evidencia-se que o ensino a distância tem enorme valor para a contemporaneidade. Então, é papel do Ministério da Educação, aperfeiçoar o EAD, com programas de bolsas nas zonas pobres e qualificação de professores nessa modalidade para promover a maior acessibilidade social na educação superior. Ainda, cabe ao Ministério da Educação, em conjunto com as mídias, propagar informações sobre aprendizagem a distância, com programas e palestras a fim de acabar com o preconceito sobre esse modelo de ensino. Assim, o Brasil dará um passo para ter uma educação mais democrática e sentirá o gosto dos frutos doces do progresso.