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Enviada em: 05/09/2018

Muito se discute sobre a educação à distância(EAD) na sociedade brasileira, sobretudo em relação à importância da flexibilidade de horário para o desenvolvimento acadêmico dos alunos. Nesse contexto, a globalização e os avanços tecnológicos têm possibilitado à inúmeras pessoas estudarem em casa e obterem um aperfeiçoamento profissional e, por conseguinte, socioeconômico. Todavia, a educação à distância possui alguns pontos que devem ser aperfeiçoados, tais como: maior integração do aluno ao modelo didático proposto e o acompanhamento, por parte do Ministério da Educação, da matriz curricular oferecida pelas universidades aos alunos.    No que se refere à temática em questão, pode-se destacar que o ensino a distância tende a democratizar o aprendizado, em especial no ensino superior, por reduzir as dificuldades advindas da falta de tempo ou a distância de locomoção até uma universidade. Porém, muitos alunos escolhem essa modalidade de curso acreditando em uma maior facilidade para a obtenção de um diploma universitário. Assim, ao se depararem com as dificuldades impostas pelo modelo didático proposto pelo EAD, muitos alunos abandonam o curso. Nesse cenário, o Ministério da Educação pontuou que cerca de vinte por cento dos alunos que iniciam a graduação à distância abandonam o curso, ou seja, o modelo proposto ainda carece de ajustes para atingir um número mais satisfatório.    Ademais, as universidades brasileiras possuem um papel fundamental no desenvolvimento intelectual dos cidadãos brasileiros. Conquanto, houve um aumento no número de alunos, nos últimos anos, que ingressaram em um curso superior à distância, entretanto a qualidade do ensino e a matriz curricular oferecida pelas instituições de ensino nem sempre são eficazes. Não raro, os formandos se mostram inaptos a exercerem a profissão que estudaram por anos. Consoante a isso, a educação não pode ser concebida apenas pela ótica do capitalismo, mas, como defendeu  o filósofo Immanuel Kant ao enunciar que " o ser humano é aquilo que a educação faz dele".     Diante dos argumentos supracitados, torna-se fundamental que as universidades brasileiras desenvolvam um sistema de orientação contínua aos estudantes EAD. Nesse processo, as instituições de ensino acompanhariam, semanalmente, os cronogramas dos alunos e entrariam em contato caso houvesse alguma discrepância. Espera-se, dessa forma, que diminua os índices de evasão dos alunos no ensino superior. Outrossim, o Ministério da Educação deve regulamentar, por lei, a realização de um exame final para todos os alunos dos cursos de graduação para a obtenção do diploma e a qualificação da  universidade. Destarte, as instituições de ensino, bem como os alunos, desenvolveriam o processo de educação à distância de forma mais eficaz