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Enviada em: 07/09/2018

Principiado na Prússia no período Pós – primeira guerra mundial, por meio do incentivo ao aprendizado das máquinas térmicas, o modelo de aulas regido pelo ensino presencial entre aluno e professor ganhou força e foi adotado como principal método educacional do globo. Hoje, por conseguinte, devido a diversos avanços tecnológicos, surge o ideário de Ensino à Distância (EAD) que, mesmo já tendo sido adotado por algumas regiões brasileiras – como o sul e sudeste, vem encontrando impasses quanto a sua aceitação não apenas devido à resistências no tocante a quebra do tradicionalismo, mas também pela carência de investimentos estruturais para sua implementação. Urge, assim, a necessidade de atentar às implicações dessa questão.   Em um primeiro momento, vale ressaltar que a questão da reluta por parte de estudantes e educadores quanto à inclusão do EAD no modelo educacional do país. Por esse ângulo, como bem exposto pelos filósofos naturalistas, o ser humano, em essência, possui suas decisões e movimentos regidos pelo medo do novo. Nessa perspectiva, compreende-se que a não adaptabilidade ou, ainda, o distanciamento a dados de confiança acerca do funcionamento progressista que promete o EAD são partes dos fatores que corroboram para a tal resistência, visto que o modelo de ensino tradicional predomina a mais de um século na sociedade, o que o torna, de certo modo, ambiente de zona de conforto para esses indivíduos.   Por outro lado, aqueles que se voluntariam a difundir o crescimento dessa modalidade ainda enfrentam barreiras de implementações no tocante a falta de recursos. Por consequência, o desestímulo, mormente de educadores, torna-se mais um desafio da problemática, pois para a eficiência desse modelo não apenas investimentos em recursos tecnológicos e localidade adequada são necessários, mas também há a premência preparatória para aqueles que virão a ministrar tais aulas. Desse modo, vê-se que a falta de atenção financeira, por parte do Governo, é um dos principais males contrários à implementação do novo modelo de ensino, pois, de acordo com o diretor da Ilumno Brasil - instituição mantenedora de polos EAD: “O EAD ganha importância na medida que ganha qualidade”.   Torna-se, dessa maneira, necessário atentar para as implicações dos desafios do Ensino a Distância no Brasil. Posto isso, a fim de quebrar a tabulação social acerca do EAD o Governo, em parceria com ONGs especializadas nas causas educacionais, deve promover a construção de polos EAD, principalmente em regiões que possuem certo distanciamento de instituições escolares e, além disso, deve suscitar reformulações nas grades curriculares dos cursos de licenciatura, com a inclusão de treinamentos e estratégias para o ensino, também, virtual. Dessa maneira, será possível que o modelo prussiano de ensino, brevemente, seja apenas mais uma alternativa de se difundir a democratização da educação de qualidade no Brasil.