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Enviada em: 16/10/2018

O Gazeta de Boston, jornal publicado por volta de 1728, apresentou, em sua edição de 20 de março, um anúncio que oferecia material para ensino e tutoria por correspondência – sendo esse um dos marcos do Ensino à Distância (Ead). Desse modo, a transmissão de conhecimento de forma não presencial não é uma modalidade de ensino tão recente quanto se imagina, mas foi nos últimos anos que ganhou maior popularidade, sobretudo com o advento da internet. No entanto, apesar dos benefícios promovidos pelo Ead, o preconceito perdura e esse método ainda é menosprezado no Brasil.       Nesse aspecto, a internet é capaz de promover interação e troca de conteúdos de forma eficiente e rápida, em tempo real, possibilitando que a educação chegue a lugares que antes não era capaz de alcançar e promova a ascensão social e intelectual de milhares de pessoas. Assim, segundo dados do Censo da Educação Superior, o número de inscritos em cursos superiores a distância passou de 50 mil, em 2003, para mais de 1,3 milhão atualmente.       Dessa forma, a despeito dos benefícios possibilitados pelo Ead – como maior flexibilidade de horários e locais de estudo, além dos menores preços, comparados aos outros cursos particulares – o preconceito persiste, e milhares de pessoas deixam de buscar e investir nesta forma de ensino, sobretudo por medo de não serem valorizadas no mercado de trabalho por não terem tido uma formação tradicional.       Fica evidente, portanto, a necessidade do Ministério da Educação, em conjunto com a Associação Brasileira de Educação a Distância, promover campanhas de orientação, por meios de cartilhas, redes sociais e propagandas televisivas, que explicitem o reconhecimento e a regulamentação do ensino a distância, pelo MEC, desde 2006, e a capacidade dele promover uma formação tão eficiente quanto os métodos tradicionais, para que essa modalidade de ensino, que já é a mais crescente no Brasil, alcance ainda mais pessoas. Ademais, o Governo Federal deve alocar investimentos de capital em regiões onde não há acesso à banda larga, por meio de renda proveniente dos altos impostos cobrados da população, para que o não acesso a esse meio de comunicação não seja um empecilho à democratização da educação.