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Enviada em: 20/10/2018

A Terceira Revolução Industrial foi marcada pelo avanço dos meios tecnológicos, o que proporcionou ao homem o rompimento de barreiras, como o acesso à educação por meio de aparelhos digitais no Brasil hodierno. Sendo assim, o ensino à distância evidencia sua relevância na ampliação da inclusão educacional superior. Isso se deve a democratização que essa modalidade representa e sua flexibilidade didática.    Em primeira análise, a educação à distância (EAD) propícia uma vantagem à democratização educacional, pois supera barreiras logísticas em comparação ao modelo presencial. Segundo Rousseau o homem possuí direitos indispensáveis a sua sobrevivência, cabendo ao Estado garanti-los, o acesso à educação subsidia à vida em sociedade, portanto, deve ser tratado como indissociável do cidadão, conforme o pensamento do filósofo. Sendo assim, apesar do EAD crescer no país, 86% das matrículas em 2013, segundo o MEC, foram na rede privada, o que revela o pouco investimento do Estado nessa área.       Em segunda análise, a flexibilidade didático-pedagógica deixa incontestável a contribuição do EAD no acesso à educação superior. Todavia, essa flexibilidade pode está ligada a evasão visto que os ritmos de estudos são determinados pelo aluno, sendo que a falta de disciplina e o acúmulo de matérias pode levar o discente ao desligamento do curso. Comprovando essa perspectiva, dados do INEP apontam 19,3% de evasão nos cursos presenciais e 27,7% de evasão nos cursos à distância, entre 2013 e 2015. Assim, é necessário atentar para os índices de evasão do EAD para torná-lo ainda mais eficaz.      É perceptível, portanto, que aumentar a oferta do EAD na rede pública e mitigar os índices de evasão é indispensável à problemática. Para tanto, o Governo Federal deve aumentar os investimentos no ensino à distância, disponibilizando nesta modalidade de ensino todos os cursos das universidades federais que não precisem de laboratórios presenciais, aliado a isso contratar professores e profissionais da informática para subsidiar essa nova demanda, tudo isso com o intuito de ampliar a oferta do EAD na rede pública. Ademais, as instituições públicas e privadas de ensino superior em parceria com a iniciativa privada devem fomentar vagas no mercado de trabalho destinado aos alunos de cursos à distância, priorizando aqueles com currículo estudantil disciplinado, que não demonstrem a possibilidade de fuga do curso, com isso reduzindo a evasão escolar nessa área e aumentando a importância desse modelo de ensino.