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Enviada em: 19/02/2019

A modalidade de ensino à distância (EaD) não é algo novo no mundo. De fato, o primeiro indício se dá em meados do século XVIII, em que um professor de taquigrafia ofereceu seu curso por intermédio da correspondência. Logo, com o advento da transmissão por satélite e internet, essa ideia se expandiu de forma global. Assim, nos dias atuais, essa forma de aprendizado cresceu muito, mas são necessárias adaptações ao métodos atuais de ensino, que ainda estão presos ao século passado.      Em primeiro lugar, vale ressaltar a expansão de pessoas que aderem à metodologia EaD. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), no Brasil, entre os anos de 2003 e 2013, houve um aumento de mais de 2.000% no número de matriculas em cursos dessa categoria. Além do mais, esse aumento se deu após o ano de 2005, em que efetuou-se a caracterização e autorização dessa especificidade de ensino por meio de um decreto. Isto posto, tem como justificativa as exigências do mercado de trabalho, em que cada vez há menos tempo para estudos e mais para as qualificações profissionais. Ou seja, os motivos que mais atraem seus adeptos são a flexibilidade, abrangência e o menor custo deste modelo. Contudo, ainda há necessidade de uma continua adequação em contraste com o atual modelo, em que vigora desde o século XVIII para a formação de trabalhadores industriais.     De forma análoga, de acordo com o psicólogo Piaget, o desenvolvimento para a aprendizagem depende da interação entre o sujeito e o meio em que está inserido. Nesse sentido, então, o ensino à distância vem em encontro com as necessidades dos indivíduos diante das novas habilidades que são exigidas. Em contraste com a Grécia antiga, em que os estudiosos da época se dedicavam aos mais diversos assuntos, desde biologia até astrologia, o que não é mais possível hoje. Ademais, vale ressaltar a qualidade de ensino e a imersão em que o aluno se submete ao optar por essa metodologia.      É evidente, portanto, que a EaD pode fazer diferença no país. Nesse sentido, é válido prezar pela qualidade e amplitude da modalidade. Para isso, o Ministério da Educação deve fiscalizar as empresas educacionais que promovem este ensino, para que não ocorra a precarização do mesmo. Ademais, serão ministrados cursos teórico-práticos de como devem ser realizadas as aulas e sobre as estruturas minimas para uma instituição que se utiliza a distância ao seu favor. Também, para que o aluno consiga se tornar ciente do processo de ensino e desenvolver uma autonomia própria como prezava Piaget.