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Enviada em: 25/02/2019

A modalidade de ensino à distância (EaD) não é algo novo no mundo. Inclusive, o primeiro indício se dá em meados do século XVIII, em que o professor de taquigrafia ofereceu seu curso por intermédio da correspondência. Logo, com o advento de novas tecnologias de transmissão de dados, como a internet, essa ideia se expandiu de forma global. Contudo, mesmo após essa forma de aprendizado apresentar um crescimento ao longo dos últimos anos, são necessárias novas formas de adaptações, com relação aos atuais métodos de ensino, os quais ainda estão presos no século passado.     Em primeiro lugar, vale ressaltar a expansão de pessoas que aderem à metodologia EaD. Como aponta o Ministério da Educação, no Brasil, entre os anos de 2003 e 2013, houve um aumento de mais de 2.000% no número de matrículas em cursos desta categoria. Isso posto, tem como justificativa as exigências do mercado de trabalho, em que cada vez há menos tempo para estudos e mais para as qualificações profissionais. Nesse sentido, um dos motivos que cada vez mais pessoas estão escolhendo essa modalidade de curso é a flexibilidade, abrangência (necessário apenas conexão com a internet e um aparelho para assistir) e o menor custo desse modelo. Logo, ainda há necessidade de uma continua adequação em contraste ao atual modelo de ensino, em que vigora desde o século XVIII para a formação de trabalhadores voltados à indústria.        De forma análoga, de acordo com o psicólogo Piaget, o desenvolvimento para a aprendizagem depende da interação entre o sujeito e o meio em que está inserido. Nesse sentido, o ensino à distância vem de encontro com as necessidades dos indivíduos, os quais buscam uma capacitação para novas habilidades que surgem. Em contraste com a Grécia antiga, em que estudiosos da época conseguiam se dedicar aos mais diversos assuntos, o que é uma tarefa inviável atualmente. Por fim, com o uso da tecnologia ao favor do estudante, há a possibilidade de que ele se qualifique em uma área específica, relacionando um estudo autônomo entre o indivíduo e o objeto de estudo.       É evidente, portanto, que a EaD pode fazer uma diferença ao país. Para isso, então, mais pessoas necessitam desse tipo de acesso, que ainda é uma barreira no Brasil. Logo, por meio do Ministério da Educação e as instituições públicas e privadas de ensino, podem ser oferecidas bolsas, locais de acesso à computadores e internet. Desse modo, será possível estender o ensino à distância para locais em que hoje não tem acesso e ampliar a preparação da população local. Enfim, para que o aluno consiga se tornar ciente do processo de ensino e desenvolver uma emancipação da sua própria forma de pensamento, como prezava Piaget.