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Enviada em: 27/03/2019

“Importante na escola não é só estudar, é também criar laços de amizade e convivência”. A declaração do pedagogo Paulo Freire permite refletir sobre como a educação básica a distância no Brasil representa um desafio a ser enfrentado de forma mais organizada pela sociedade brasileira. Se por um lado, o ensino a distância facilita o acesso aos estudos para algumas pessoas; por outro, diminui o convívio social dos estudantes.     Em primeiro lugar, a educação a distância colabora nos estudos para pessoas maiores de idade que não terminaram o ensino básico e querem voltar a aprender, e por não terem tempo ou por falta de turmas de pessoas com idades mais avançadas, acabam desistindo de estudar. Segundo o portal de notícias G1, mais da metade dos brasileiros não têm diploma do ensino médio. Sendo assim, o ensino a distância seria vantajoso e as pessoas aprenderiam de acordo com o tempo disponível.     Entretanto, o EaD não seria benéfico para alunos com menos de 18 anos, pois os estudantes iriam ficar isolados do mundo ao seu redor, criando muitas pessoas com problemas para se introduzirem na vida em comunidade. Segundo o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um “corpo biológico” por ser, assim como esse, composta por partes que interagem entre si. Dessa forma, para que esse organismo fique em pleno funcionamento, é necessário que haja um bom convívio social entre as pessoas.     Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para utilizar o EaD como um benefício. Logo, o Ministério da Educação deve instituir, nas escolas, o ensino a distância de maneira organizada: oferecer a aprendizagem a distância somente para pessoas com mais de 18 anos, por meio de criação de boas plataformas de estudos, feitas por programadores especializados, com o objetivo de diminuir o número de analfabetos funcionais no Brasil. A partir dessa ação, espera-se promover uma melhora das condições educacionais e sociais desse grupo.