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Enviada em: 31/03/2019

De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um “corpo biológico” por ser, assim como esse, composta por partes que interagem entre si. Desse modo, para que esse organismo seja igualitário e coeso, é necessário que todos os direitos dos cidadãos sejam garantidos. Contudo, no Brasil isso não ocorre, pois um dos principais pilares para o desenvolvimento da sociedade, a educação, enfrenta desafios à seu acesso. Apesar de vivemos em plena revolução técnico-científica pouco foi feito para romper as barreiras geográficas e econômicas e tornar a educação mais inclusiva.      É importante pontuar, de início, que a Constituição Cidadã em seus artigos e dispositivos garante a educação como direito inviolável à todos. Porém, na realidade atual ecoa o Enigma da Modernidade, do filósofo Henrique Lima, o qual mostra que apesar da sociedade ser tão avançada em suas razões teóricas, é tão indigente em suas razões éticas. Nessa perspectiva, percebe-se que apesar do explicitado na Constituição Federal o acesso a educação não é uma realidade para todos, em virtude de longas distâncias entre os cidadãos e os centros educacionais. A internet, por sua vez, é capaz de romper essa barreira, com a educação a distância, proporcionando aos brasileiros o acesso à Universidades tradicionais mesmo morando longe dessas.     Além disso, a desigualdade social é uma problemática inerente ao Brasil, destarte a baixa inserção dos menos favorecidos no ensino superior por esses priorizem o emprego. Essa situação pode ser comprovado por estatísticas divulgadas pelo INEP em 2016, mostrando que a parcela mais pobre não consegue concluir cursos de graduação. A educação a distância, dessa maneira, significa uma melhoria nesse paradigma, pois por ser realizado em modalidade não presencial facilita a conciliação entre estudos e outras atividades, tornando-se assim, mais inclusiva.    Urge, portanto que o Governo tome medidas para melhorar o acesso a educação. O Ministério da Educação em parcerias com as secretarias de educação formulem políticas públicas para essa parcela da população, que não ingressa ou possui dificuldades para permanecer, de modo a criar dentro das principais instituições públicas centros especializados na transmissão de aulas via internet, bem como criar um serviço de banda larga nacional para atender essa demanda específica. Ademais a mídia deve mostrar por meio de propagandas e debates a importância do ensino a distância para sociedade. Assim garantiríamos um funcionamento igualitário e coeso da sociedade como idealizado por Durkheim.