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Enviada em: 14/04/2019

Após o término da Guerra Fria, o mundo tornou-se globalizado e vem passando por uma Revolução Técnico-Científico-Informacional, na qual viabiliza a grande propagação de dados no cotidiano. Sendo assim, permite que métodos de ensino saiam do âmbito usual e tornem-se práticos e acessíveis por meio da internet, conhecido como Educação a Distância (EAD). Entretanto, o atual cenário brasileiro não exibe grande relevância desse recurso e encontra problemas, seja pela exclusão digital existente no país, ora pelo preconceito relacionado a essa nova forma de ensino, o que influência negativamente na criação de uma rede de conhecimento.   Em princípio, cabe analisar que atualmente ainda há situações que indivíduos não obtém alcance as tecnologias. Nesse contexto, para populações humildes e que vivem afastadas no território brasileiro, o ensino a distância é a melhor alternativa para conseguir acesso ao saber, todavia, a falta de inclusão digital nesses locais torna a EAD inviável. Bem como, é relatado, em 2012, pela Organização das Nações Unidas, que 42% dos brasileiros não possuem a obtenção da rede ‘’on-line’’. Por consequência, tal fato inibe a possibilidade de vários cidadãos usarem a internet como ferramenta de aproximação ao ensino e corrobora para que menos pessoas conheçam as vantagens práticas da didática virtual.   Ademais, além da exclusão digital, o preconceito por parte da população também é uma barreira para a EAD e convém ser contestada sob a perspectiva do sociólogo espanhol Manuel Castells. Segundo o autor, um país educado com internet progride; um país sem educação usa a internet para fazer estupidez. De maneira análoga, pessoas que discriminam a educação virtual fazem o uso da internet com propósitos fúteis e não conhecem esse modo como um caminho para a progressão do ensino no Brasil. Dessa forma, afirmam que esse tipo de didática seja de baixa qualidade e julgam quem faz o bom uso da tecnologia digital, logo, cada vez menos pessoas ficam interessadas em conhecer o ensino ‘’on-line’’. Diante disso, torna-se evidente que medidas devem ser tomadas. Para isso, o Ministério da Educação, por meio de fiscalizações, deve autorizar e até mesmo privar determinados conteúdos dos meios de ensino digital, a fim de trazer mais segurança ao usuário e menos riscos de receber informações erradas. De modo a acabar com o preconceito de pessoas que julgam esse âmbito ser de baixa qualidade, e evidenciar, de forma motivadora, cidadãos a testarem esse método. E por fim, cabe ao governo, através de verbas públicas, criar melhorias no alcance à EAD promovendo campanhas intensivas de acesso à internet em regiões que desconhecem esse recurso. Assim sendo, o Brasil irá garantir que os avanços da Revolução Técnico-Científico-Informacional ganhe relevância e crie uma rede de conhecimento.