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Enviada em: 08/10/2019

O filme "Até que a sorte nos separe" narra a história de uma família que se torna milionária após ganhar em um bilhete de loteria. No entanto, com o passar dos anos, os protagonistas acabam falindo por conta dos gastos desenfreados que praticaram. Paralelamente, fora da ficção, essa falta de planejamento orçamentário é observado na camada cada vez maior de endividados no Brasil. Sendo decorrente da permanência de uma cultura consumista na sociedade, bem como a ausência de educação monetária na base educacional do indivíduo. Dessa maneira, é pertinente se debater a importante a educação financeira na vida do cidadão.     Convém salientar, a princípio, que o processo de industrialização ocorridos no Brasil já no século XX, embora tenha proporcionado a efervescência no processo de bens de consumo duráveis e não duráveis, muitos cidadãos não tiveram uma educação financeira para lidar com às implicações frente a esse novo modelo. A exemplo disso, foi o incentivo na compra desmedida de carros no governo de "JK" que causou, por consequência, uma inflação alarmante no país. Nesse sentido, essa mentalidade  consumista ainda persiste na contemporaneidade, no qual os cidadãos compram mais que o necessário e, até mesmo, o dispensável, contribuindo, dessa maneira, para o aumento de dívidas e inadimplências. Logo, vencer essa cultura de gastos desenfreados é imprescindível.      Em outro aspecto, segundo o filósofo Voltaire educar mal um homem é dissipar capitais e preparar dores e perdas à sociedade. Nesse contexto, o indivíduo ao não ter informações sobre finanças já na fase inicial de vida,  impacta nos mais de 60 milhões de cidadãos, de acordo com as Serviço de proteção ao crédito (SPC), com os nomes considerados sujos. Dessa forma, essa problemática também compromete as contas públicas, uma vez que essa ausência de cuidado financeiro individual afeta coletivamente a sociedade, tendo em vista a crescente inflação no país. Em vista disso, investir no modelo educacional que priorize a educação financeira  evitaria perdas como preconiza o filósofo.      Portanto, percebe-se que o país precisa investir em medidas que valorizem a educação financeira, tanto das crianças como dos adultos para amenizar o impasse. Para tanto, é imperativo que o Ministério da Economia promova, por meio de mutirões semestrais em locais como shoppings e praças, assessorias financeiras à população com a presença de consultores e gestores, com o fito de orientar da melhor forma os indivíduos, desenvolvendo, assim mecanismos para que os indivíduos não caiam no consumismo, vencendo essa cultura do consumo exagerado. Ademais, é importante que o Ministério da Educação e Cultura (MEC), desenvolva projetos como palestras e distribuição de materiais didáticos  sobre finanças, a fim de os pequenos levem para vida os ensinamentos, evitando o cenário do filme.