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Enviada em: 05/06/2018

"Nada é permanente, exceto a mudança.", já afirmava o pensador grego Heráclito a fim de mostrar a transitoriedade existente no mundo. Nessa perspectiva, cabe ao homem agir com o intuito de melhorar seus caminhos. Assim, analisando a importância da família no desenvolvimento educacional das crianças é imprescindível destacar que a falta de tempo no mundo contemporâneo somado à frágil parceria entre pais e escola são obstáculos às transformações que essa situação requer.    Em primeiro plano, é importante ressaltar que o pós-Segunda Guerra trouxe diversas mudanças para o modelo de vida da população mundial, principalmente, em relação ao tempo que é cada vez mais escasso. Dessa forma, pode-se observar que os adultos estão agudamente organizados em volta do trabalho - e não ao redor da família e afetos em geral o que, consequentemente, afeta a interação pai e filho que é de suma importância para um bom desenvolvimento educacional. Logo, esse distanciamento tem provocado não só carência parental, mas também desinteresse pelo estudo já que, intrinsecamente, os filhos percebem que se os seus cuidadores que são os que, teoricamente, devem zelar por sua educação não se interessam, por conseguinte não há motivos para eles fazerem o mesmo.        Em segundo plano, há uma severa desconexão entre as instituições de ensino e os familiares, muitas vezes devido a visão latente e equivocada de que a escola é integralmente responsável pela educação das crianças. Assim, os pais - que estão ocupados com seus devidos trabalhos- depositam no corpo docente responsabilidades que, na verdade, deveriam partir de casa como, por exemplo, respeito e disciplina. É inegável, nesse sentido, que o maior prejudicado é a criança mostrando, portanto, que atitudes semelhantes devem ser cessadas.   A fim de atenuar essa situação, é necessário perceber as escolas como ferramenta de transformação. Assim, as instituições de ensino - disponibilizando horários diversos para atender prontamente à todos - devem convocar os responsáveis para que através de palestras com profissionais qualificados como, por exemplo, psicólogos e pedagogos possam ressaltar os benefícios da participação familiar na educação. Sendo assim, haverá uma maior cumplicidade entre os pais e filhos o que, consequentemente, aumentará o interesse da criança pelo estudo desde a tenra idade. O caminho foi traçado, resta,  agora, iniciar a mudança.