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Enviada em: 28/08/2018

Nas últimas décadas, se tornou comum que as crianças comecem a frequentar a escola desde o berçário, na teoria pode ser bom para a inserção social, mas na prática faz com que se misturem os papéis da família e do corpo docente quanto a educação e a formação acadêmica. Segundo Paulo Freire, é um dos fatores que desestimulam os alunos, causando o atraso ou até mesmo a "expulsão" escolar, ou seja, quando o aluno não sai por vontade própria mas pelo conjunto de acontecimentos que o cercam.   Com a maior parte da população precisando trabalhar para sustentar sua família, reduz-se o tempo dos pais com seus filhos no acompanhamento do desempenho escolar, sendo difícil conciliar o tempo livre com as lições de casa, reuniões escolares, ou coisas mais simples como conversar sobre o cotidiano de cada um. Nessa prerrogativa temos o tempo x interesse dos pais para com seus filhos no âmbito educacional, por um lado os pais usam da desculpa de trabalhar demais e não conseguir auxiliar seus filhos achando que esse papel é exclusivo da escola, e do outro alunos cada vez mais desinteressados por não ter o apoio familiar necessário.  Devido ao baixo incentivo do governo para a educação, desvalorizando a função das escolas, se tornou difícil acompanhar a evolução e a demanda na maioria das instituições do país, onde além de anacrônica em suas atividades, não se trabalha em conjunto com os pais para desenvolver um melhor planejamento de ensino para evitar que o aluno reprove, se mantenha interessado e veja a importância do aprendizado em sua vida.  Portanto, o papel da família na educação escolar é de se manter presente, ouvir os professores, e ajudar a construir o caráter social dos alunos perante ao mundo, otimizando e se fazendo valer o Artigo 205 da Constituição Federal de 1988, que garante a educação para todos como dever do Estado e da família.