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Enviada em: 29/08/2018

O baixo investimento e interesse em educação é uma herança histórica e social que permeia até hoje o Brasil inteiro. Desde o século XVI a questão educacional no país não foi vista como prioridade, houve períodos em que os cidadãos eram preparados apenas para assinarem o próprio nome, utilizado para votarem de forma submissa e desinformada. Atualmente, a sociedade brasileira não é composta somente por analfabetos funcionais, mas será que em uma era tecnológica e de fácil acesso informativo, os indivíduos estão sendo devidamente educados no âmbito escolar e familiar?  Infelizmente, de acordo com o Senso de Educação Básica, mais de 800 milhões de estudantes são repetentes. Em muitos desses casos, o adolescente, criança, ou até adulto, não recebeu estímulos e ajuda o suficiente para desenvolverem um maior desempenho e motivação escolar, fato que leva os graduandos a desistirem da vida acadêmica, terminarem os estudos de forma precária, repetirem inúmeras vezes uma mesma série... Tais circunstâncias culminam em pessoas que não dispõem do preparo necessário para ingressarem no mercado de trabalho e ficam à margem da sociedade.   É muito comum alunos do ensino médio e fundamental, que estão ingressando na puberdade,  enfrentarem pressão e descaso familiar, sofrerem bullying, desenvolverem depressão e muitas outras atrocidades, de tal maneira, a vida escolar e social desses alunos são prejudicadas e, simultaneamente, o psicológico dos mesmos. Por consequência, o Brasil é um dos países com maior taxa em abandono escolar, de acordo com a consultora em educação, Ilona Becskehazy e, como resultado, é crescente os índices de alunos desinteressados em aprender e professores desacreditados em lecionar.  Em um mundo em que os próprios pais não se fazem presente no aprendizado escolar e, portanto, pessoal dos filhos, se torna difícil, não somente o estabelecimento de vínculos afetivos, mas também a questão da desenvoltura acadêmica e do respeito aos professores, que estão interligadas. A educação é a base para qualquer país se desenvolver e o Brasil, todavia, se vê em desvantagem nesse quesito.  Dessa forma, é necessário que os pais ou responsáveis pelos alunos estimulem o interesse nos estudos dos jovens desde o início da criação deles, se mostrando sempre ávidos a ajuda-lós com suas respectivas questões escolares, frequentando as reuniões, conversando sobre a rotina escolar e sendo punidos pelo Conselho Tutelar quando não cumprirem com tais obrigações. Cabe, de todo modo, à todas as redes de ensino seguirem um currículo mais interativo, que deve ser implementado pelo estado, com o intuito de tornar o aprendizado algo prazeroso e disponibilizar acompanhamento psicológico aos alunos, já que muitos se encontram abalados. Todos as metodologias citadas visam a diminuição das taxas negativas de escolaridade e, assim, um maior desenvolvimento do país.