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Enviada em: 31/08/2018

A educação liberta o ser humano        Durante as últimas décadas ocorreu significativa ampliação na democratização do acesso ao ensino básico, com uma maior quantidade de crianças e adolescentes com acesso à escola. No entanto, a permanência destes no referido ambiente é vinculada a fatores extraescolares, como o incentivo por parte dos pais no entendimento da importância da educação enquanto princípio transformador da realidade. Além disso, há o contexto em que adolescentes sentem-se obrigados a trabalhar a fim de complementar a renda do lar, o que acarreta o comprometimento do compromisso com a escola.       Diante desta conjuntura, percebe-se a relevância da presença dos pais na construção do ser juvenil, em razão de em idades iniciais a concepção do que se é realmente valoroso ainda ser fluida. Não se pode deixar unicamente nas mãos de um professor a responsabilidade de mover toda a defasada estrutura de ensino e esperar que as crianças saiam motivadas a permanecer naquela esfera. Quando a família demonstra interesse pelo dia a dia do filho e o incentiva a buscar ainda mais conhecimento, a percepção daquilo por parte da criança muda e ela passa a se enxergar como um vetor de mudança a desempenhar um papel que faz a diferença.      Ademais, o cenário é ainda mais agravado quando estendido às camadas mais sensíveis da sociedade, visto que estas vivem em situação onde os pais trabalham dois ou três turnos e acabam sem ter como acompanhar devidamente o desempenho dos filhos na escola. Por vezes, o adolescente se vê na obrigação de desempenhar função laboral com interesse em complementar a renda da casa, o que pode comprometer os afazeres e responsabilidades escolares. Nessas situações o sistema social  vigente atua solidificando a estrutura ao dificultar o acesso ao conhecimento.        Por fim, faz-se preciso uma maior integração aluno-família-escola, pois este é o ponto de partida da força motriz atuante sobre a criança. Isso pode ser alcançado a partir do incentivo a atividades extracurriculares, com a participação de todos, que ocorram naquele ambiente em dia não útil, como a prática de esportes e avaliações de desempenho mensais. Aliado a isso, é preciso compromisso por parte dos pais no acompanhamento do progresso no aprendizado, mostrando-se presente e disponível para ajudar. Cabe ao governo estender programas sociais que coíbam o trabalho infantil e auxiliem em um ensino integrado, como o PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), ao encorajar a prática esportiva e momentos de recreação. Assim, a educação funcionará como guia libertador ao romper barreiras sociais.