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Enviada em: 02/09/2018

Segundo o sociólogo francês Émile Durkheim, a sociedade é composta de instituições sociais, as quais têm por função manter a organização da sociedade e satisfazer as necessidades dos indivíduos que dela participam. Nesse contexto, a família, assim como a escola, desempenha um importante papel uma vez que se classifica como uma instituição social. Contudo, hodiernamente, a sociedade brasileira convive com uma patologia à medida que a família está deixando de cumprir com suas responsabilidades para com a educação das crianças, fazendo-se, portanto, necessário debater sobre tal problema.       Em primeira análise, notas-se que em muitos núcleos familiares os pais não acompanham a vida escolar dos filhos, o que caracteriza-se como um problema para o desenvolvimento educacional das crianças. Nessa perspectiva, o cotidiano corrido vivido por muitos brasileiros passou a ser uma desculpa para o descumprimento de atividades primordiais para a educação dos filhos, como ajudar as crianças nas tarefas de casa, perguntar sobre a escola e até mesmo acompanhar as reuniões de pais. O resultado de uma educação unicamente baseada no âmbito escolar, majoritariamente, são alunos com baixo desempenho escolar. Um estudo publicado na revista Época, confirma tal ideia, apontando que estes estudantes  tendem a evasão escolar e futuramente ao desemprego.         Outrossim,  a necessidade do trabalho infantil para complementar a renda familiar é outro fator que merece atenção. Comumente encontram-se crianças vendendo produtos nos sinais de trânsito ou de casa em casa e até mesmo ajudando na colheita da lavoura. Nesse sentido, as famílias mais pobres que não conseguem se sustentar apenas do trabalho exercido pelos pais recorrem ao trabalho infantil. Contudo, ao exercer tais tarefas, muitas crianças além de exaustas, não recebem o devido acompanhamento educacional, desestimulando assim, o aprendizado e a educação dos jovens brasileiros.       Dado o exposto, faz-se necessário que o Ministério da Educação, em parceria com as escolas, incentive os pais a participarem ativamente da vida escolar dos filhos através de palestras nas instituições de ensino e de campanhas propagadas nos meios televisivos. E por fim, é importante que o governo federal, em parceria com ONGs, dê um subsidio para as famílias mais carentes que têm seus filhos frequentes na escola e que os pais destes participem ativamente do vida escolar dos filhos, indo em reuniões, palestras e eventos destinados a eles nas escolas. Dessa maneira será possível formar uma sociedade em que a importância da família no desenvolvimento educacional das crianças seja devidamente valorizada pelos brasileiros.