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Enviada em: 02/11/2018

Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, em consonância com a Constituição Federal, a educação é dever da família, do estado e da sociedade. Contudo, é importante salientar, a despeito dos demais envolvidos, o papel preponderante dos pais no processo educacional. Ou seja, a instituição familiar precisa estar preparada e comprometida com o desenvolvimento pleno da criança, não apenas em sua vida escolar.   É inquestionável o poder da influência familiar no desenvolvimento da personalidade dos filhos e no seu desempenho escolar. Para tanto, os pais necessitam estar inteirados e saber como estimular as crianças, nas habilidades de resiliência e de planejamento, afinal, o sucesso nos estudos e na criação de pessoas com princípios ético-morais não é automático. Pensando nisso, movimentos como "Escola de Pais no Brasil", que foi criado na década de 1960 por um grupo de católicos, têm sido difundidos em todo Brasil com o intuito de auxiliar os pais na tarefa de educar seus filhos. Ademais, a interação propiciada entre os próprios genitores também permite a troca de experiências e uma melhor resolução dos conflitos educacionais do dia a dia. Dessa forma, não há como mensurar o quão necessária e positiva é a influição da família na formação do caráter de um indivíduo.   Infelizmente, seja por motivos profissionais relacionados às exigências do mercado de trabalho, seja pela falta de tempo em acompanhar o dia a dia dos filhos, muitos pais têm relegado à escola a missão de construção da personalidade de sua prole. Esses fatores associados ao desinteresse dos progenitores em acompanharem de perto o cotidiano das crianças podem causar diversos problemas comportamentais, dentre eles: o consumo precoce de álcool e de drogas. Consequentemente, a sociedade sofre diversas implicações indesejáveis. É importante refletir o que disse o pensador e psiquiatra Carl Gustav Jung sobre todos os efeitos serem recíprocos. Os impasses mais notórios são a irritabilidade, o baixo índice de desenvolvimento intelectual, prejudicando as múltiplas inteligências, a carência de estímulo para atividades culturais. Sendo assim, não é à toa que os crimes de delinquência juvenil tenham aumentado em torno de 30% segundo a Promotoria da Infância e Juventude.   Destarte, as ONGS poderiam com o consentimento das empresas reservar um espaço no quadro de aviso aos funcionários com mensagens apelativas: "Como vai seu filho na escola?", com o propósito de lembrar o interlocutor dos seus deveres para com seus genitores. Outrossim, cabe aos próprios pais dialogarem com seus empregadores no intuito de combinar horários diferenciados de trabalho para que pudessem passar mais tempo ao lado das crianças e, dessa forma, acompanharem o desenvolvimento psicossocial de forma mais próxima.