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Enviada em: 15/07/2019

É possível, por intermédio da linguagem simples e coloquial do poema "Tinha uma pedra no meio do caminho", de Carlos Drummond de Andrade, fazer analogia a respeito da pouca participação familiar no desenvolvimento educacional das crianças. Nessa conjuntura, a problemática atua e repercute no cotidiano dos brasileiros como um verdadeiro obstáculo social a ser superado. Contudo, percalços como a inércia governamental e a irresponsabilidade familiar dificultam o sobrepujar dessa adversidade.                De início, é importante pontuar que a educação é, consoante à constituição brasileira de 1988, dever do Estado. Porém, por vezes, é recorrente observar que as políticas públicas tratam esse assunto com descaso, uma vez que a violência escolar, estruturas precárias e os salários atrasados do corpo escolar, responsável pelo funcionamento da instituição, perpetuam-se na história brasileira como um problema, até então, sem solução. Além disso, esse desdém reflete em questões, as quais contribuem para o abandono escolar e impedem as crianças de permear o amor aos estudos. Dessa forma, cenários que nem esse fornecem às famílias brasileiras dificuldades em motivar à criança aos estudos e ao aprendizado.                Ademais, a falta de responsabilidade familiar, no que se refere ao acompanhamento escolar dos filhos, contribui para a acentuação da problemática. Em síntese, o que muitas famílias fazem é atribuir somente à escola o difícil dever do educar. No entanto, conforme Tânia Zagury, filósofa e educadora brasileira, é imprescindível que essa tarefa seja realizada mediante um trabalho em conjunto, ou seja tanto as famílias quanto as escolas devem fazer parte da missão educadora, visto que o não participar de qualquer uma das instituições, prejudicará a plena formação do indivíduo.                Conclui-se, diante do exposto, que a questão da pouca participação familiar no desenvolvimento educacional das crianças ainda é um problema a ser resolvido. Sendo assim, com a finalidade de minimizar, se possível, erradicar esse mau, urge que o Ministério da Educação, por meio da captação e excelente optimização dos recursos enviados pelo Estado, promova palestras, para pais e alunos, com o intuito de informar  e aconselhar à família sobre os benefícios que um bom acompanhamento na educação escolar dos filhos pode proporcionar. Também, dentro do mesmo plano, parte da verba deverá ser aplicada na resolução de problemas referentes às infraestruturas das instituições escolas. Assim, essa pedra poderá ser removida do caminho social.