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Enviada em: 05/08/2019

A discussão sobre a importância da educação familiar para o desenvolvimento social do indivíduo, tomou novos contornos na sociedade contemporânea. Isso é reflexo do aumento de problemas socais, como, por exemplo, a evasão escolar e o crescimento da criminalidade nos centros urbanos. Por conseguinte, o precário sistema educacional brasileiro, pautado na competitividade, como também o posicionamento do Estado diante desse infortúnio contribuem para o crescimento dessa problemática.        A princípio, nota-se que a educação no Brasil é conteudista, nesse sentido, mecanizada. Essa forma de ensino, segundo o educador Paulo Freire, estimula apenas a competitividade entre os estudantes. Dessa forma, o conceito de cidadania e participação social deixa a desejar na formação educacional dos jovens brasileiros, os quais, ausentes de uma educação que estimule o pensamento crítico, juntamente com a carência de um acompanhamento familiar, acabam aderindo, para seu crescimento social, maus exemplos. Contribuindo com esse pensamento, o escrito Rodrigo Nogueira em seu livro Como Nascem os Monstros, relata que cerca de 70% dos detentos brasileiros não tem um espelho paterno durante seu desenvolvimento.         Em segundo plano, o posicionamento do Estado também cumpre papel relevante para o aumento desse impasse, pois apesar de haver na Constituição Federal, de 1988, o direito à educação não existe centros de ensino infantil para comportar crianças, cujos os pais não têm condições de educá-las. Essa problemática tem crescido a cada ano, tendo em vista que a presença da mulher no mercado de trabalho cresceu de forma geométrica, gerando, assim, sua ausência no seio familiar, consequentemente deixando, muitas vezes, a criança por conta própria. Essa lacuna deixada pelo estado reflete diretamente na evasão escolar, visto que a criança não desenvolve nenhum vínculo acadêmico durante a infância.        Fica evidente, destarte, a necessidade que indivíduos e instituições públicas cooperem para mitigar a ausência da educação familiar. Para isso, o Ministério da Educação deverá, junto às escolas, criar projetos educacionais nos ensinos infantil e médio, como a semana do desenvolvimento social, com estudo de casos e peças teatrais que possam conscientizar os jovens sobre a importância da educação e o acompanhamento familiar para seu crescimento social,  acabando, assim, com a evasão escolar, e, consequentemente, diminuindo a criminalidade nos centros urbanos.