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Enviada em: 17/07/2017

A família e a educação infantil: dever e desafio    Segundo o ardiloso psicanalista Contardo Calligaris, somente a psiquiatria, a psicologia e a psicanálise podem defender a família, uma vez que a atividade dessas áreas são imprescindíveis graças às inúmeras sequelas neuróticas oriundas do seio familiar. No entanto, a família ainda é uma instituição fundamental para a criação e inserção das pessoas ao corpo social, o que demanda o importante debate acerca de seu papel no desenvolvimento educacional das crianças.      A Constituição Brasileira prediz que a família tem o dever de assegurar a dignidade da pessoa humana, de modo que cabe a ela educar o infante amparando-o material e afetivamente, bem como instruí-lo para a compreensão e prática dos códigos compartilhados no meio social.      Para tanto, tal como salienta o filósofo e educador Mário Sérgio Cortella, a família deve estabelecer uma parceria com a escola, uma vez que elas desempenham funções complementares na formação educacional. A família foca o indivíduo, visando sua vida de relação; a escola foca o cidadão, que deve lançar um olhar crítico sobre seu mundo.    Logo, a participação e comparecimento dos familiares às reuniões escolares para acompanhar o desempenho, trocar informações e dialogar sobre a criança é uma ação importante para o sucesso de ambas as instituições.     Percebe-se, então, que educar é uma tarefa complexa para qualquer família. Além de tempo, afeto e paciência, é necessário dispor de recursos materiais e habilidades para transmitir saberes e valores com eficiência. Dessa forma, a inclusão de pelo menos um psicólogo na equipe de profissionais permanentes das escolas públicas e particulares, por determinação do Ministério da Educação, ofertaria acesso fácil a um profissional especializado e com conhecimento sobre a realidade das famílias, o qual estaria apto para acolher as dificuldades enfrentadas e dar orientações específicas para cada situação.