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Enviada em: 19/07/2017

Sabe-se que o processo de educar uma criança é um conjunto de práticas e conceitos pautados na escolarização e no auxílio familiar. Nesse contexto, evidencia-se uma problemática mútua dentro dessas organizações sociais, que contribui para intensificar o déficit educacional brasileiro. Isso ocorre não só pela marcante desigualdade social do país, mas também devido à constante agitação diária a que os pais estão submetidos.   Observa-se que o ato de ir à escola é um direito universal de cada cidadão, no entanto, há discrepância no que diz respeito ao acesso igualitário desse direito. De fato, a posição de desvantagem na sociedade coloca o indivíduo em uma situação precária, na qual a falta de acesso a recursos básicos, como saúde e educação, caracterizam a realidade vivida por eles diariamente. Por conseguinte, os pais que não possuem uma formação básica ou residem nesse meio social, tendem a apresentar baixa perspectiva de vida e acabam por não incentivar seus filhos a irem às escolas. Além disso, as pessoas que vivem em bairros carentes optam por colocar seus filhos para trabalhar logo cedo, devido ao fato de não conseguirem garantir o sustento familiar, o que ocasiona uma pressão na criança e possibilita sua ausência nas escolas. Como consequência, tem-se o aumento da taxa de evasão escolar no país e paralela a ela o crescimento do número de violência infantil.    Nota-se que a modernidade líquida vivida nos dias atuais, segundo o sociólogo Bauman, caracteriza-se por um período de instabilidade e mudanças frequentes na sociedade. À vista disso, o trabalho estável tem sido substituído por contratos temporários e utilizado sobre uma mão de obra cada vez mais móvel. Como parte desse processo, essa instabilidade exige que os indivíduos nunca parem de estudar, a fim de se manter atualizado em sua profissão. Tal afirmação sugere que o próprio sistema econômico, altamente opressor, exige cada vez mais dos trabalhadores sem, no entanto, dar muito em troca. Tudo isso acarreta na ausência de tempo disponível para se dedicar a vida escolar dos filhos, o que gera um sentimento de abandono na criança, estando propensa a deixar a vida escolar de lado e consequentemente leva à persistência da falha educacional no quadro de realidades brasileira.   Diante dos fatos mencionados, percebe-se que a família é a base fundamental para a educação da criança. Sendo assim, faz-se necessário que a Unicef atue, com auxílio do Estado, implantando psicólogos nas escolas, a fim de detectar crianças propensas à abandonar essas instituições sociais e tomar as devidas atitudes. Além disso, cabe ao MEC promover cursos e projetos que coloquem os pais presentes na vida estudantil do aluno, como campeonatos esportivos e feras de ciências para pais e filhos, no intuito de garantir o apoio familiar para a criança e reduzir o déficit na educação do Brasil.