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Enviada em: 03/08/2017

Coercitividade educacional                   O direito ao voto a analfabetos foi concedido na decada de 30, com Getúlio Vargas. O vertiginoso processo de inclusao social das classes baixas fez crescer o numero de jovens nas escolas, o que, ao contrario do senso comum, não foi o bastante para o Brasil deixar de ser um dos piores avaliados no Pisa (Programa internacional de avaliação de estudantes). O motivo para isso é claro: a negligencia da família no processo educativo.                   Segundo Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de agir, dotado principalmente de coercitividade. Outrossim os pais se ausentam da vida escolar do filho, logo o jovem negligencia seus deveres escolares. Na medida que isso ocorre, cresce o desinteresse pela vida escolar e consequentemente aumenta os números negativos do PISA.                   Segundo os dados do PISA, a Finlândia é o melhor país em indice educacional em matemática do mundo, embora tenha somente 5500 horas-aula dessa disciplina por ano, o que contrasta o dado de países como Portugal, que tem 7000 horas-aula da mesma disciplina e ficou dentre um dos piores avaliados, este ultimo caso sendo o mesmo que acontece com o Brasil. A ausência dos pais no processo educativo deixa o aluno totalmente dependente da escola, o que as escolas tentam reverter com mais hora-aulas, o que não significa mais qualidade nas aulas.                   É necessário, portanto, medidas para incentivar a presença dos pais na vida educacional do aluno. O Governo poderia dar vantagens para os pais de alunos mais presentes, como auxílios sociais alimentares, que influenciam muitos alunos a irem a escola. A mídia poderia criar parcerias com bibliotecas para aprimorar espaços pai-filho. E a família, claro, deveria incentivar mais a leitura e educação dos filhos, pois, como diria Kant: o homem é fruto da sua educação.