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Enviada em: 13/08/2017

De acordo com a Sociologia, a família representa uma instituição social responsável pelo repasse de normas, como a valorização dos estudos, aos indivíduos. Contudo, devido à falta de planejamento familiar e à irresponsabilidade de alguns, estes acabam tendo filhos mesmo sem apresentar qualquer condição financeira ou psicológica para criar uma criança e deixam de participar e contribuir com o desenvolvimento educacional destas. Fatores de ordem histórica e social caracterizam a problemática.      É importante pontuar, de início, que mesmo após a sanção da Lei Áurea, os negros permaneceram à margem da sociedade e discriminados. Como consequência disso, na atualidade o país enfrenta grande desigualdade social que leva muitas famílias com pouca condição financeira a tirarem as crianças da escola para que elas possam ajudar com as despesas da casa. Além disso, alguns pais, visando obter melhores condições de vida, trabalham por jornadas muito extensas e não têm tempo de ficar com os filhos. Logo, a criança passa a apresentar carências e o rendimento escolar diminui.      Outrossim, o ambiente social onde o indivíduo se encontra interfere na questão do planejamento familiar. As jovens que vivem em um lugar onde o Estado não é efetivo  e onde há muita promiscuidade têm mais chances de vir a ter uma gravidez indesejada e não permanecer na escola, visto que não há medidas de educação sexual. O determinismo, o qual sugere que o homem é fruto do meio, corrobora tal ideia. Somado a isso, a própria desvalorização do estudo como parte da cultura brasileira é absorvido pela criança, a qual deixa de se importar com a escola.     É notória, portanto, a relevância de fatores de cunho histórico e social na temática supracitada. Nesse viés, cabe ao governo, por intermédio de suas organizações responsáveis, o papel de promover campanhas promovendo o planejamento familiar, principalmente em áreas de maior vulnerabilidade social, para conscientizar as pessoas acerca da importância de uma família estruturada e preparada para receber uma criança. Tal medida pode ser efetivada por meio de anúncios e propagandas nos principais veículos de comunicação. Além disso, a escola deve realizar projetos de educação sexual para conscientizar os adolescentes acerca da possibilidade de gravidez indesejada e dos próprios riscos de contração de doenças sexualmente transmissíveis. Tal medida pode ser efetivada por meio de palestras, trabalhos dinâmicos e debates em sala de aula.