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Enviada em: 14/08/2017

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) atribui a efetivação dos direitos sociais dessa faixa etária à sociedade, família e Poder Público. Essa a união, todavia, faz-se pouco presente -  em especial na educação -, afetando diretamente a qualidade e eficácia da mesma. Nesse cenário, dois fatores não podem ser negligenciados: a urgência de cooperação entre ambiente escolar e família e a necessidade da presença de pais e responsáveis no processo pedagógico.     Em primeiro análise, vale pontuar a integração entre família e escola como responsáveis pelo efetivo desenvolvimento sócio-educacional do aluno. Comprova-se isso por meio da pesquisa feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), na qual a maioria dos alunos  (70%) que apresentavam bom comportamento, boa integração social e interesse pelos estudos tinham a família presente no ambiente escolar. Assim, tendo em vista que é na fase escolar que o indivíduo cria valores éticos e morais, como citou o sociólogo Emile Durkheim, nota-se a importância dessa junção para garantir a formação de cidadãos com valores culturais e censo crítico. Dessa maneira, é preciso que esse contato entre gestão escolar e pais seja recorrente.    Ademais, convém frisar a presença dos responsáveis nos estudos como contribuintes para o bom rendimento escolar. Assim, pais que questionam o aprendizado diário dos filhos, cobram as lições de casa, estimulam a partição do estudante em projetos da própria escola e têm grande contato com professores, diretores e coordenadores auxiliam no processo pedagógico. Uma prova disso está na pesquisa supracitada, a qual confirmou a relação entre acompanhamento dos pais e boas notas. Desse modo, vê-se que a família é de suma importância para a criança, gerando a base necessária para o aprendizado.        Portanto, medidas para expandir a aproximação entre escola, família e aluno são imperativas. É imprescindível que o Governo atue para auxiliar nesse desafio, por intermédio de maior destinação de verba às escolas, arrecada pelo Imposto de Renda, visando a aumentar a frequência de oficinas e projetos integrando a sociedade, permitindo que se crie na escola um ambiente de confiança e troca de conhecimentos. Além disso, é fundamental que a mídia atue como difusora de conhecimento, difundindo a importância da família na educação, exibindo por meio de campanhas e novelas os aspectos positivos dessa aproximação, objetivando a efetiva união. Ainda, à própria família e às ONG's cabe o papel de cumprir as obrigações impostas pelo ECA, garantindo a permanência do aluno da escola, auxiliando-o quando necessário. Por conseguinte, o Brasil dará um passo para romper uma das barreiras que impede de ter educação eficaz e estará mais próximo de ser uma pátria educadora.