Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, em consonância com a Constituição Federal, a educação é dever da família, do estado e da sociedade. Contudo, é importante salientar, a despeito dos demais envolvidos, o papel preponderante dos pais no processo educacional. Ou seja, a instituição familiar precisa estar preparada e comprometida com o desenvolvimento da criança em sua vida escolar. Nesse contexto, o aluno precisa compreender o valor da educação dentro da sua formação como indivíduo, afinal, "o ser humano é aquilo que a educação faz dele" - Emmanuel Kant - e isso acontece quando ele percebe o quanto a educação é importante para a sua família. É inquestionável o poder da influência familiar no desenvolvimento escolar do aluno, para tanto, os pais necessitam estar inteirados e saber como estimular nas crianças, habilidades de resiliência e de planejamento, afinal, o sucesso nos estudos não é automático. Pensando nisso, movimentos como "Escola de Pais no Brasil", que foi criado na década de 1960 por um grupo de católicos, têm sido difundidos em todo Brasil com o intuito de auxiliar os pais na tarefa de educar seus filhos. Por consequência, esses movimentos possibilitam que a escola conheça a comunidade onde está inserida e que conheça as diferenças os tipos de dificuldades das famílias nas sociedades atuais. Em contrapartida, a interação propiciada entre os próprios pais também permite a troca de experiências e uma melhor resolução dos conflitos educacionais do dia a dia. Enfim, os pais precisam estar cientes da sua importância na vida escolar dos filhos, em sintonia com o planejamento escolar, compartilhando e não terceirizando a responsabilidade da educação, diferenciando o papel da instrução do ensino e da educação familiar, propriamente dita.