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Enviada em: 08/10/2017

Família: ferramenta educacional                   Immanuel Kant revela que o maior desafio do homem é sua educação. A escola possui o dever social de auxiliar na formação dos indivíduos. Entretanto, só ela não é suficiente, é necessário que a família atue veementemente nesse âmbito da vida de seus filhos. No mundo contemporâneo, é comum, cada vez mais, a ausência dos pais nessa causa. Nesse sentido, é imprescindível a análise da influência do capitalismo e do isolamento dos jovens nessa questão.       Indubitavelmente, o sistema capitalista contribui para o absentismo dos adultos na educação das crianças e adolescentes. Isso porque, com a grande necessidade de trabalho, pautada no paradigma de que tempo se resume ao dinheiro, de Benjamin Franklin, os pais distanciam-se de seus filhos. Prova disso, segundo pesquisa da organização filantrópica Todos Pela Educação, os piores resultados obtidos pelos jovens na escola dizem respeito àqueles que possuem responsáveis ausentes. Dessa maneira, as relações econômicas contribuem para o distanciamento das ligações entre pais e filhos, constituindo um grande desafio social, assim como destacado pelo filósofo prussiano.       Outro importante fator a ser ressaltado é o retraição social dos jovens promovido, sobretudo, pelos meios virtuais. O avanço da tecnologia e da internet revolucionaram as interações entre os seres humanos. Além disso, proporcionaram um mundo novo para a juventude, especialmente a que já nasce imersa nesse ambiente. Em função disso, muitos indivíduos se afastam de seus pais e da escola, não permitindo suas participações em sua educação. Como resultado, a sociedade obtém alunos com pouco sucesso em sua formação, uma vez que não se dedicam de maneira correta aos estudos e não possuem nenhuma assessoria. Desse modo, a tecnologia da informação contribui para a pouca participação da família na vida de seus filhos, atuando de maneira negativa em seus desenvolvimentos não apenas como alunos, mas também como indivíduos.        A educação dos jovens, portanto, depende tanto da família quanto da escola. Sendo assim, cabe à escola, como instituição de construção do cidadão, atuar em parceria com a família na aprendizagem das crianças e adolescentes, por meio de trabalhos didáticos que envolvam a participação dos pais e feiras culturais, a fim de promover maior interação entre pais e filhos. Somado a isso, o Ministério da Educação possui o encargo de desenvolver campanhas, junto da mídia, que incentivem maior contato da família com o ensino dos jovens, a partir de anúncios publicitários em diversos veículos de comunicação. Por fim, é dever do próprio cidadão perceber a necessidade de fazer-se presente na vida educacional de seus filhos e, assim, possibilitar uma melhor formação para a nova geração.