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Enviada em: 04/10/2017

Segundo a psicologia, a participação e presença da família na formação de uma criança é determinante no futuro e esse contato deve ser estimulado desde a concepção. Na hodiernidade, essa interação com o jovem parece estar enfraquecida e a problemática interfere diretamente no desenvolvimento educacional. Ademais, alguns maus exemplos vistos dentro dos lares são reproduzidos nas instituições de ensino e comprometem, novamente, seu principal objetivo.            É indubitável que a participação dos responsáveis na rotina escolar do estudante é indispensável, entretanto, não é o que ocorre em muitas famílias brasileiras por causa de longas cargas horárias de trabalho ou simplesmente falta de interesse. Devido ao fato de o jovem não receber muito incentivo e não haver uma boa interação entre ele, a escola e seu tutor, aquele têm uma baixa perspectiva de vida, não pensa em ingressar em universidades ou em estudar para alcançar o que almeja, e reflete isso no ambiente educacional. A organização Todos pela Educação realizou uma pesquisa que revelou que pais negligentes têm filhos com rendimento abaixo da média de sua turma, fato que revela como essa falta de engajamento é um empecilho para o desenvolvimento das atividades estudantis.           Outrossim, destaca-se que algumas atitudes equivocadas dos responsáveis servem de exemplo para os filhos, uma vez que são seres em desenvolvimento que têm como principal influência as ações e discursos vistos e ouvidos em casa. Quando o filósofo John Locke compara o homem a uma tábula rasa, corrobora a ideia de que a família é o primeiro contato que o jovem tem com o mundo exterior, portanto, essa têm papel importante em sua formação. Tal situação culmina na reprodução, por parte das crianças, de condutas violentas ou inadequadas no ambiente escolar, o que compromete grande parte do desenvolvimento educacional do aluno, além desse entrar em conflitos na instituição.            Torna-se evidente, portanto, que a participação da família no desenvolvimento educacional das crianças é de extrema importância e quando não ocorre pode interferir negativamente no rendimento do aluno. Para solucionar a problemática, cabe às instituições de ensino a constante convocação dos pais à reuniões para informá-los sobre o andamento dos jovens, estabelecer um canal de comunicação e uma relação de parceria em prol dos estudantes. Ao Ministério da Educação e Cultura, em parceria com o conselho tutelar de cada estado, compete a realização de campanhas, utilizando a teoria de John Locke, que conscientizem e esclareçam sobre como maus exemplos dados em casa podem refletir no ambiente escolar. Destarte, essa interação entre tutores e educadores seria revertida integralmente em benefícios para o lecionando.