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Enviada em: 21/02/2018

Em 2017 foi lançado no Brasil o filme Extraordinário. O longa-metragem teve grande alcance e vem cativando telespectadores com a demonstração explícita de resiliência entre o protagonista, Auggie, família e amigos. Isso porque o garoto apresenta deformação facial extrema e teve suas primeiras formações educacionais, referentes aos anos iniciais escolares, na própria casa através de sua mãe, por medo de rejeição social da classe escolar e envoltos. Realidades como essa estende-se à inúmeras famílias pelo mundo todo. Entretanto, o tardio ingresso de jovens aprendizes não se restringe à superproteção familiar, mas à privação de conhecimentos gerais, ao apego ou, até mesmo, ao desinteresse da família. Esses são alguns dos fatores propícios ao baixo índice de desempenho educacional do Brasil, em destaque.       Muitas vezes os pais adiam a inscrição de seus filhos na escola por questões afetivas pessoais, outros por achar que a educação domiciliar é tão eficiente quanto a institucional. Há ainda aqueles que espelham-se nos países nórdicos, onde é comum encontrar esse tipo de ensino. Porém, a realidade de cada localidade é particular e adaptativa. Assim como o tamanho do corpo de um animal adapta-se as condições de frio, os pequenos cidadãos possuem a capacidade de se adequar ao novo ambiente e experiências.      O que deve ser solucionado são os problemas acarretados pela prática negativa da família no progresso educacional das crianças. É inevitável afirmar que a atenção direcionada aos filhos pelos pais na casa, escola e vizinhança tem participação fundamental para o bom desempenho. Contudo, quando exercido de forma descontrolada, seja para mais, seja para menos, os fatores resultantes são desastrosos e prejudiciais, como: medo, frustração, antissocialismo, retardo mental e baixa imunidade, já que o convívio com indivíduos diversificados promove uma amplitude de conhecimentos e também o fortalecimento do sistema imune do corpo.         Urge, portanto, que medidas sejam tomadas para resolver o impasse. Tão logo, cabe ao Ministério da Educação (MEC) em parceria com profissionais da saúde mental a inclusão de momentos de interação entre alunos, membros da escola e famílias, dentro do meio de ensino, a fim de deixar evidente a necessidade da formação conjunta e a precisão que cada ser apresenta de desenvolver a capacidade autônoma desde a infância longe de quem os proteja. Com isso, os psicólogos e psiquiatras poderão esclarecer o papel de cada um por meio de atividades escolares e palestras. Ainda, é papel do MEC o incentivo às instituições de ensino de inovar constantemente o modelo educacional para que o alvo, alunos e responsáveis, sintam-se entusiasmados e motivados ao ingresso.