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Enviada em: 22/03/2018

Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza pelo outro. Todavia, quando se observa os malefícios da ausência familiar no processo educacional das crianças, no Brasil, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria, e não, desejavelmente, na prática. A problemática persiste intrinsecamente ligada a realidade do país, seja pela falta do compreendimento da própria família quanto a sua crucialidade, ou pelas más influências, externas ao corpo familiar.       John Locke, em sua obra "Ensaio acerca do entendimento humano" fala a respeito da tábula rasa, que diz que o ser humano nasce como uma folha em branco que, ao decorrer de sua vida tem seus valores e ideologias formados a partir das experiências vividas. Dessa forma, é possível afirmar que, a criança forma seu caráter nos primeiros anos de vida, e por isso, ela passa por várias fases até formar sua mentalidade. Haja vista que, a família, é a principal influenciadora e formadora desse caráter.       Partindo desse pressuposto, vê-se que, os ensinamentos transmitidos ao ser humano, quando ainda criança, o acompanham para o resto da vida. Por conseguinte, é indispensável a atuação da família como agente educador. Contudo, a maioria delas, não tem esse entendimento, e, deixam essa educação, a mercê da sociedade, principalmente, da escola, embora o papel desta seja, majoritariamente, a alfabetização, e não a educação no que tange aos valores éticos e morais, como por exemplo, ensinar a criança a ter "bons modos" e como se portar dentro dos grupos sociais.    Entende-se, portanto, que, ainda há entraves para garantir a solidificação de medidas que visem a construção de um mundo melhor. Destarte, a Mídia deve, por meio das emissoras abertas e demais meios de comunicação, promover a disseminação da magnitude da família no processo educacional das crianças. Assim como, o Ministério da educação (MEC), deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por psicólogos, que discutam o combate a problemática, a fim de que o tecido social não viva a realidade das sombras, como na alegoria da caverna de Platão.