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Enviada em: 17/07/2019

A Ilha de Utopia, de Thomas Moros, retrata um meio em que há participação absoluta, por parte do corpo social, no âmbito político. Todavia, nota-se, no entanto que a realidade da conjuntura brasileira está cada vez mais distante do contexto referido, seja pelo descredito do sistema democrático atual, seja pelo individualismo enraizado na sociedade.       A priori, é importante ressaltar que a descrença no sistema político hodierno contribui para a permanência desse impasse. Nessa lógica, é evidente que, em virtude das negligências cometidas pelos sistemas anteriores, a sociedade se torna ais inerte no tocante à participatividade, bem como na efetivação do papel da cidadania. Isso se torna mais claro, por exemplo, ao observar, segundo dados do G1, a soma de abstenções, nulos e brancos, em 2018, passa de 30%. Esse cenário ignóbil dificulta a mitigação da incredulidade no processo sociopolítico.       A posteriori, é fulcral pontuar, ainda, que há um egocentrismo existente na nação verde-amarela. Diante disso, percebe-se um intenso comodismo coletivo na população, visto que não é dado a devida importância, para os mesmos, acerca da noção de cidadania, de modo a fomentar a omissão do direito de escolha do indivíduo. Esse quadro, faz jus ao conceito de "Modernidade Líquida", do sociólogo Zygmunt Bauman.       Logo, para reverter esse panorama: cabe ao Ministério de Direitos Humanos aliados com as instituições de ensino, fazer simpósios de divulgação  de informações sobre a noção de cidadania e da participatividade política, por meio de debates sociais, destinados a toda faixa etária, a fim de garantir um público mais engajado e menos egocêntrico. Somente assim, seria possível, por fim, igualar a conjuntura brasileira a de Moros.