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Enviada em: 12/07/2019

A Constituição Federal de 1988- norma de maior hierarquia no sistema jurídico brasileiro- assegura à todos o direito ao voto. Entretanto, uma significativa parcela da população que se abstém nas votações e vendem seus votos demonstram que ainda há quem desconheça a importância da participação política. Com efeito, o diálogo entre Estado  e Escola sobre caminhos para efetivar a cidadania no Brasil é medida que se impõe.                                                                                                                                     Mormente, ao avaliar a historiografia brasileira, nota-se que fenômenos decorrentes da formação da República perpetuam hodiernamente. Segundo George Santayana, filósofo humanista, "Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo." Sob tal ótica, é indubitável que inúmeras ojerizas da República das Oligarquias, estão presentes atualmente, haja vista a política assistencialista que foi difundida no Brasil no séc XIX. Assim, criou-se um clientelismo político que mitiga o ideal coletivo da Democracia, que faz com que as pessoas vendam seus votos em troca de favores e desconheçam a importância da cidadania. Desse modo, cabe ao governo, na figura do Ministério da Educação, a implementação na grade curricular a disciplina cidadania participativa, reduzindo defeito histórico.                                                                                                                                  Além disso, cabe ressaltar que o clientelismo político é o reflexo do desconhecimento de preceitos constitucionais. Nessa perspectiva, a escola deve promover debates acerca de diversos temas que despertem o questionamento e o interesse sobre a política, a culminar no aumento da participação política. Para que assim, ocorra aumento da participação política. Comprovando o pensamento do educador Paulo Freire: Ninguém liberta ninguém. As pessoas se libertam em comunhão.                               Destarte, depreende-se que raízes históricas potencializam aversão à cidadania. A fim da saná-las, urge que o Estado, através do Ministério da Educação, implemente na grade curricular a matéria cidadania participativa, com intuito de atenuar a cultura arcaica do clientelismo político. Ademais, compete à Escola oferecer debates entre os alunos sobre inúmeros assuntos, a fim de desenvolver a participação e o interesse pela política. Apenas sob tal perspectiva, poder-se-á efetivar a cidadania no Brasil.