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Enviada em: 21/07/2019

O provérbio "Religião, política e futebol não se discutem" é constantemente citado em conversas cotidianas. Isso significa, no Brasil, que a população tem um certo receio em debater assuntos polêmicos. Com relação à participação política, isso é algo preocupante. Afinal, política se discute sim. Mas o que leva os brasileiros serem tão receosos a respeito? Primeiramente, há uma certa divisão política-partidária na sociedade e temos os lados "Direita X Esquerda" muito bem definidos e defendidos por certa parcela de brasileiros. Isso causa um certo bloqueio no restante da população, afinal, discutir política e tomar partido significa, nos tempos atuais, escolher um lado dessa "guerra". Em seguida, política é um assunto demonizado no Brasil e como consequência, não é amplamente abordado nas escolas.  O problema dessa demonização e guerra político-partidária é: as pessoas não estão exercendo seus papéis na sociedade, se esquecendo, portanto, de seus deveres e direitos. Não ter voz ativa na sociedade é diminuir, a cada dia, a cidadania e democracia na qual temos direito e que nos foi duramente conquistado, no nosso passado sombrio e recente. É não ter pensamento crítico e com isso, aceitar de bom grado qualquer decisão tomada, seja boa ou ruim, dos governantes. E como Mahatma Gandhi disse, "O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente", isso é, aquilo que fazemos ou nesse caso, deixamos de fazer, terá um impacto grandioso no futuro da nossa nação. Destarte, para que a participação política seja de fato presente no Brasil,  o Ministério da Educação deve ampliar e consolidar debates a respeito de política nas escolas e incluir na grade curricular, aulas profundas e bem robustas a respeito. Em adição, o Estado deverá divulgar propagandas nas redes sociais, corroborando a importância de debater o assunto e deixando claro que não se trata de partidos políticos.