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Enviada em: 15/07/2019

Sob a perspectiva filosófica de Aristóteles, o homem é um animal político e, para ser feliz, necessita participar ativamente da política, pois, somente assim ele estará cumprindo seu papel social. No entanto, apesar de todos poderem participar da política, muitos não o fazem, seja ela falta de incentivo educacional , ou até mesmo a carência de engajamento da sociedade na luta pela garantia dos direitos. Dessa forma, faz necessário desconstruir esses entraves a fim de efetivar, de fato, a cidadania no Brasil.         Em primeiro lugar, é necessário analisar a importância da educação política dentro das instituições de ensino. Desse modo, muitas pessoas se formam sem saber como se aprova uma lei ou a função de cada representante. Por conseguinte, sem conhecimento, não há interesse em participar, por isso é importante estimular desde cedo a participação política, pois, como apontou o filósofo John Locke na sua teoria da tábula rasa, todos são como uma folha em branco ao nascer e podem adquirir qualquer capacidade a partir da educação. Nessa conjuntura, nota-se a importância da inserção da educação política no currículo escolar para melhor entendimento sobre os direitos e deveres e, assim, formar cidadão com senso crítico necessário para exercício pleno da cidadania.        Em segunda análise, a participação efetiva da população para com a política, possibilita a garantia e a busca da efetivação dos direitos dos cidadãos. Sob essa perspectiva, atuar no cenário político não se restringe somente ao ato de votar, mas também participar de movimento sociais em busca de igualdade para que todos os direitos assegurados pela constituição sejam respeitados e colocados em prática. A exemplo, revoluções como “Primavera Árabe” demonstrou o poder de união da sociedade em busca de melhores condições de vida, sendo capaz até mesmo de derrubar governos ditatoriais. Desse modo, evidencia-se a necessidade da atuação significativa do indivíduo perante a sociedade.         Portanto, são necessárias medidas capazes de mitigar esse problema. Para tanto, urge que o Ministério da Educação, em parceria com instituições de ensino, por meio da alteração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de ensino, insira a Educação Política no currículo escolar e ensine de maneira lúdica com dinâmicas de grupo, teatros e realização de eleições de grêmio estudantil, as funções de cada representante público e formas de aprovação de leis e, assim, o indivíduo será educado sobre a realidade que o cerca, sendo capacitado a participar de forma consciente e eficiente no cenário político, além de ser incentivado a se engajar em movimentos sociais em busca de igualdade e garantia dos direitos. Dessa forma, os brasileiros se tornarão mais conscientes e preparados para a participação efetiva da cidadania no Brasil.