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Enviada em: 22/07/2019

Na Antiguidade Clássica, o conceito de cidadania grega veio com a política do voto. No entanto, esse direito era restrito a homens livres e maiores de idade. Ao analisar a democracia no Brasil, percebe-se que ela, embora tenha ocorrido de modo tardio, dá a todos a possibilidade de escolha para representantes nacionais, mediante as eleições diretas. Entretanto, a participação da população brasileira na política vem diminuindo ao longo dos anos, devido à descrença em possíveis mudanças oriundas do sufrágio.         A priori, cabe destacar que a descrédito dos indivíduos em alterações na conjuntura política tem como causa o não cumprimento de acordos firmados previamente em campanhas eleitorais, por parte das autoridades governamentais. Nesse sentido, Albert Einstein diz que seu ideal de política é a democracia, para que todo homem seja respeitado e nenhum vulnerado. Entretanto, a atitude desses políticos vai de encontro ao pensamento do filósofo alemão, visto que eles, ao desconsiderarem o impacto de suas atitudes na população, desrespeitam a opinião da mesma acerca de seus respectivos mandatos.         Em consequência ao dado exposto, a banalização do voto é a razão dessas pessoas não exercerem suas cidadanias de maneira plena e racional. Nessa perspectiva, a votação deixa de ser vista como um privilégio histórico-social adquirido e passa a ser uma obrigação, simplesmente. Desse modo, o resultado nas urnas não reflete os interesses do povo, mas de uma minoria prestigiada pelo governo dos representantes; em outras palavras, não ocorre reivindicações das camadas populares.        Destarte, dado o cenário caótico no qual se encontra a cidadania brasileira, urge, em primeira instância, que o poder executivo seja transparente em suas respectivas candidaturas, por meio da exposição prévia de suas ambições políticas e não alteração das mesmas no decorrer de seus mandatos, a fim de que os cidadãos se certifiquem de estar votando em que os representa ideologicamente. Ademais, é necessário, em segunda instância, que os indivíduos, ao notarem a mudança nos órgãos governamentais, exerçam seus direitos políticos de forma consciente, por intermédio do voto direto, com o fito de, por ele, corroborar para a eleição de representantes que garantam seus interesses e atendam suas necessidades. Dessa maneira, a democracia no Brasil ocorrerá de forma racional e representativa, visto que, ao contrário do modelo grego, essa contará com a participação efetiva de todos.