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Enviada em: 22/07/2019

De acordo com Émile Durkheim, a interdependência social é como a solidariedade orgânica, na qual a unidade não é posta em causa já que o organismo deve operar em conjunto para o bem do todo. Por analogia, a escassa abordagem popular a respeito de assuntos públicos é algo que tolhe a plena vitalidade da democracia brasileira. Nesse viés, dois pontos não podem ser negligenciados: preconceito linguístico e educação.       Em primeiro lugar, a corriqueira confusão entre os termos política e cidadania é algo que prejudica a evolução da sociedade brasileira. Ou seja, tanto um quanto o outro estão intimamente ligados ao exercício dos direitos e deveres de cada cidadão, porém, as polêmicas envolvendo parlamentares e a divisão partidária — esquerda e direita — distorce o significado de política e acaba afastando as pessoas de discussões construtivas que poderiam agregar ao bem estar social.       Em segundo lugar, a inaplicabilidade de políticas educacionais que incluam o debate não partidário no currículo escolar, também afeta o sistema democrático. Conforme o jornal O Globo, não há nas instituições de ensino do país uma metodologia eficiente a qual promova o pensamento crítico nos estudantes. Com isso, há uma certa alienação quanto ao funcionamento da justiça, das leis, e da constituição, algo que afasta os indivíduos das urnas e de seu poder de interferir na gestão do Brasil.       Logo, é mister que o Ministério da educação, em parceria com figuras de influência midiática, promova na internet e em locais públicos cartilhas que instruam a respeito do que é política, cidadania e qual a relação entre esses termos. Isso irá desconstruir o senso comum de que o primeiro é algo ligado à corrupção e separado do segundo. Fará também, com que as pessoas se aproximem desse âmbito. No mais, é mister que este mesmo órgão público atue nos colégios aprimorando as aulas de filosofia e sociologia, as quais serviram como ferramenta de estímulo cognitivo. Em outras palavras, tornará os alunos seres pensantes que avaliam a importância e as formas de serem cidadães ativos na gerência nacional.