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Enviada em: 01/08/2019

A democracia, modelo político focado no povo, surgiu há mais de 2 mil anos na cidade grega de Atenas e, desde então, sofreu inúmeras alterações. Nesse sentido, hodiernamente, a importância da participação política para a efetivação da cidadania não recebe a devida atenção no Brasil. Com efeito, tal seara se notoriza pela repulsa que parte da população tem à política, além da influência que movimentos populares exerceram no decorrer da história.       Em primeiro plano, é verossímil que significativa parcela dos brasileiros tem antipatia à participação popular, conforme expresso nas eleições municipais de São Paulo em 2016, quando mais da metade dos votantes não escolheu nenhum candidato. Segundo Jean-Paul Sartre, o homem está condenado às suas escolhas e consequências. Desse modo, um povo que se abstém da política acaba por se submeter às decisões de outras pessoas. Assim, a efetivação da cidadania deve iniciar pela mudança da mentalidade dos eleitores.       Outrossim, os movimentos populares tiveram grande influência na formação da sociedade atual. De acordo com a Constituição Federal Brasileira de 1988, todo poder emana do povo. Dessarte, eventos como a Revolução Francesa, a aprovação da lei da ficha limpa em 2008 e o  impedimento de dois presidentes na história recente do Brasil demonstram que a população é capaz de influencias nas relações de poder. Com isso, é evidenciada a necessidade de haver presença ativa das pessoas na política para uma boa coletividade.       Urge, portanto, a participação política para a efetivação da cidadania no país. Nesse contexto, a Justiça Eleitoral deve conscientizar a população sobre a importância do voto por meio de campanhas comunitárias realizadas pelos Tribunais Regionais Eleitorais, englobando a distribuição de panfletos, passeatas e anúncios em rádios e TVs locais, para que as pessoas entendam seu papel cidadão. Além disso, cabe às Secretárias Municipais de Educação instruir a população sobre sua capacidade de intervir na política permeante a apresentações artísticas públicas realizadas por alunos que explicitem o poder popular com base em conteúdos históricos, filosóficos e sociológicos a fim de formar um povo politicamente ativo. Com tais medidas, as problemáticas apresentadas serão gradativamente solucionadas.