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Enviada em: 07/08/2019

No ano de 1992, o Brasil vivenciou um movimento estudantil de suma importância, visto que, por meio de protestos realizados, conseguiram a renúncia e impeachment do então presidente Fernando Collor, que havia sido acusado de corrupção. Dessa forma, evidencia-se a importância da participação política dos jovens. Todavia, é notório no país que tal atitude é limitada, haja vista a falta de conhecimento e alienação dessa parcela da população aos acontecimento do país, aliado à uma crise de representatividade vivida atualmente.       A priori, um dos maiores entraves  para a limitação da participação política dos jovens é a precariedade da educação, uma vez que não valoriza-se a cidadania, através da explicação do que é e de como pode ser exercida. Ademais, não são ensinadas a eles as formas em que podem atuar na política, favorecendo o pensamento errôneo de que o voto é suficiente. Tal situação é evidenciada por pesquisas do Instituto Data Popular que mostram que apenas 40% dos jovens admitem entender de política e 70% acredita que o voto já é capaz de alterar a situação atual.       Em segundo lugar, há um descrédito da população, inclusive dos jovens, em relação ao cenário atual brasileiro, marcado por corrupção e desrespeitos aos direitos dos cidadãos. Portanto, essa crise de representatividade ocasiona a apatia dos jovens, além de desmotivá-los a participarem dessas questões sociais. Entretanto, deve-se  pontuar que, segundo Aristóteles, o governo deve, acima de tudo, garantir o bem-estar da sociedade, em oposição ao que acontece no Brasil, justificando essa falta de participação política.         Diante do que foi exposto, é imperioso que as escolas de nível básico e médio, a fim de reverter essa apatia dos jovens, abordem a questão política fora do senso comum, através das aulas de história e sociologia, mostrando situações em que essa participação obteve sucesso, como os protestos de 1992. Outrossim, devem ensinar os conceitos de cidadania e democracia, a fim de formarem cidadãos conscientes da realidade atual e com pensamento crítico.