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Enviada em: 06/08/2019

Na Grécia Antiga, a participação política era restrita e minoritária. Portanto, somente aqueles que detinham o privilégio de debater as questões políticas eram considerados cidadãos. No entanto, com o passar dos séculos muitos direitos foram conquistados ao redor do mundo, entre eles, os direitos políticos. No Brasil, a Ditadura Militar assolou o país nos anos 70 com o AI-5, fechando o Congresso e reprimindo o direito ao voto. Este foi o maior golpe contra à democracia e cidadania brasileira    Em primeiro lugar, é importante destacar que, a construção da identidade nacional é de suma importância para a participação política. Por conseguinte, aqueles que se vêem representados tendem a se interessar pelas pautas dos partidos, militância partidária e até mesmo na composição da oposição. No entanto, o cenário brasileiro se difere desta utopia. Pois, falta estímulo a proximidade do indivíduo a este campo e óbices no sistema educacional no que se refere à construção da cidadania    Entretanto, a sociedade brasileira vive um período de intensa polarização política. As redes sociais se tornaram ferramenta-chave para que os indivíduos expressassem suas opiniões e reafirmassem a democracia, efetivando a sua cidadania. Para o filósofo grego Platão, a política enquanto ciência deve ser passada a sociedade desde a base educacional, formando os cidadãos para a política, pois esta é uma virtude. É evidente que a participação política e a cidadania são estritamente vinculadas, pois, um indivíduo que não conhece seus direitos políticos, não pode verdadeiramente exercer sua cidadania     Sendo assim, é necessário que o Estado tome providências para atenuar tal quadro. Para isso, urge que o Ministério da Educação em parceria com instituições de ensino, crie por meio de aulas de campo em câmaras, posts nas redes sociais e palestras com representantes políticos, campanhas para aproximar a sociedade da esfera política. Também, que sejam inseridas na Base Curricular Comum, aulas sobre cidadania e política, seguindo a lógica platônica. Por fim, valorização da História nacional para que episódios de ameaça à cidadania e democracia, como na Ditadura, não sejam mais vistos pelo povo brasileiro. Somente assim, será possível que os indivíduos se tornem plenos cidadãos aptos para a vida política e para a defesa de seus direitos inalienáveis.