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Enviada em: 07/08/2019

Desde o iluminismo, entende-se que a sociedade só progride quando um se mobiliza com o erro do outro. No entanto, quando se observa as questões sobre a importância da participação política para a efetivação da cidadania no Brasil, hodiernamente, nota-se que esse ideal iluminista é constatado apenas na teoria e não desejavelmente na prática. Dessa forma, o problema se perpetua intrinsecamente ligado à realidade do país, o qual o corre devido à inércia do Estado, ou devido à decadência dos valores sociais, morais e éticos.          Em primeiro plano, é indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Em que pese haver previsão legal e sanção administrativa para quem se abstiver de votar, percebe-se que a medida não faz suficiente para inibir essa conduta social. Segundo o site G1, ocupando a sétima posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema político-social eficiente. Entretanto, a realidade é justamente o oposto, e isso reflete claramente na falta de patriotismo  e compromisso social presenciados no cenário brasileiro. Desse modo, é notório que a falta de politicas públicas que estimulem o exercício e a efetivação da cidadania, é uma barreira- que deve ser transposta de imediato-  para que haja progressos na sociedade.      Outrossim,  destaca-se a decadência  dos valores que norteiam o convívio social como impulsionador do impasse. Consoante Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, coercitividade e generalidade. Nesse sentido, observa-se que a falta de coletividade, de responsabilidade social e de empatia, colaboram para para que o espírito de cidadania diminua, na medida em que a sociedade se distancia, gradativamente, dos ideais constitucionais, pois não há doutrinação familiar sobre a importância das importância das conquistas históricas e lutas travadas para que o direito ao voto e a participação cidadã fossem garantidos. Por isso, é primordial a mudança de postura da sociedade, para que se reestabeleçam os valores sociais, morais e éticos.         Infere-se, portanto, que ações são essenciais para solucionar esse impasse. Sendo assim, urge que o Estado, por meio do Ministério da Educação MEC, reformule o sistema de ensino fundamental e médio, alterando a grade de disciplinas obrigatórias, inserindo, de forma introdutória, as disciplinas de cidadania, de ética e de ciência política, a fim de estabelecer um contato primário das crianças com os direitos e deveres dos cidadãos. Ademais, as famílias, em parceria com as escolas, devem promover a discussão do tema no ambiente familiar e estudantil com palestras, debates e entrevistas, bem como visitas às casas legislativas, para que haja, desde cedo, o interesse pelas questões politicas do país. Logo, a partir dessas ações, espera-se proporcionar melhorias no atual cenário social brasileiro.