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Enviada em: 19/08/2019

A participação política teve início em Atenas com a instituição da ágora, um espaço público que servia para reunir os cidadãos livres para discutirem sobre como tornar da Grécia um lugar melhor com o intuito de consolidar a democracia, assim contribuindo para a formação política. Nessa perspectiva, desde a formação das cidades os cidadãos sabiam da importância da participação politica e efetivação da cidadania, contudo, no Brasil, ocorre negligencia dessa consolidação democrática, uma vez que constitui a separação entre a política e a educação pública do país, além da ausência de interesse político entre a maioria dos brasileiros.    Em primeiro plano, o educador brasileiro Mário Sérgio Cortella afirma ser necessário entender que o termo política e cidadania são os mesmos e que a escola deve promover sentidos diversos e não  considerar a política limitada apenas a prática partidária. Partindo dessa análise, a educação pública brasileira não promove essa perspectiva de Sérgio Cortella, uma vez que não contempla como conteúdo curricular a política e a cidadania para que os educadores consigam integrar, desde o fundamental ao ensino médio, as noções de democracia, respeito e a importância da participação popular nas mudanças sociais do país, por meio dos direitos civis que estão na Constituição Federal.   Ademais, a ausência de interesse na participação política pelos brasileiros dificulta a progressão efetiva da cidadania. Isso pode ser verificado, pelo número reduzido de jovens nas eleições de 2018 de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apenas 1,4 milhões de jovens votaram de um total de 6,5 milhões que o país detém. Diante disso, é válido analisar que os cidadãos não estão valorizando o direito do voto e a possibilidade de mudança no brasil muitas vezes não ocorre, pois o país enfrenta inúmeros casos de corrupção pública e o exercício do Estado não ser eficiente diante das questões fundamentais como a saúde, educação e segurança, sendo um paradoxo frente a sua categoria de país democrático.     Portanto, é de suma importância a participação política para a efetivação da cidadania no Brasil, entretanto é necessário atenuar as dificuldades existentes. Diante de tal impasse cabe ao Ministério da Educação intervir nas instituições de ensino público desde o fundamental ao ensino superior de ensino, por meio de um conteúdo curricular que aborda o educador Sérgio Cortella com o objetivo incorporar fóruns de discussão nas disciplinas didáticas que os docentes lecionam sobre os discentes serem cidadãos ativos em sociedade para que assim despertem o interesse nos alunos em valorizar os direitos que eles detém perante a lei e a importância da participação politica para mudanças efetivas no Brasil.