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Enviada em: 20/05/2019

A partir da década de 1970, principalmente no Brasil, ocorreu uma inversão da pirâmide etária. Assim, o número de pessoas idosas passou a crescer constantemente, ao mesmo tempo em que o de jovens diminuiu. Nesse contexto, é notável a necessidade de promoção da qualidade de vida desse grupo etário, em âmbito mundial. Nessa conjuntura, a prática de atividades físicas por essa parcela da população é um excelente meio de promover o envelhecimento saudável, o que acaba por resultar em elevada qualidade de vida, não só devido à prevenção de doenças, como os distúrbios cardiovasculares, mas também pela melhora do desempenho cognitivo.       Nesse sentido, o processo natural do envelhecimento torna os vasos sanguíneos mais enrijecidos, situação conhecida como arteriosclerose. Dessa forma, a atividade física contribui para a melhora da circulação e previne a atrofia vascular. Ademais, segundo a Organização Pan America da Saúde, as doenças cardiovasculares representam 31% das mortes a nível global e a maioria pode ser prevenida com atividade física. Assim, é evidente a importância dos exercícios nessa faixa etária, no sentido da prevenção de doenças e da promoção da saúde.       Além disso, o movimento corporal promove a qualidade da saúde mental durante o processo natural do envelhecimento, pois melhora o bem estar e a memória. Nesse contexto, de acordo com estudos realizados na Universidade de Harvard, a prática de atividades físicas libera um hormônio chamado insirina, o qual tem se mostrado como um indutor da memória. Além disso, esse hormônio também é proposto como uma alternativa para reduzir o risco de alzheimer. Dessa maneira, evidencia-se a relevância dessa prática para o bem estar biopsicossocial.       Portanto, tendo em vista o envelhecimento constante da população mundial, é essencial que haja o estímulo à prática de atividades físicas por parte dos idosos. Para tanto, é preciso que os gestores municipais direcionem verbas para a promoção de aulas gratuitas de educação física para a terceira idade. Dessa forma, o município faria a contratação de profissionais especializados, os quais dariam aulas nas praças públicas, três vezes por semana, de modo a ensinar exercícios que não exijam elevado esforço físico. Além disso, os idosos deveriam receber, semanalmente, uma visita do agente comunitário de saúde, que seria incumbido de incentivar a presença nas atividades. Por fim, os ministros da educação devem destinar recursos para a abertura de universidades da melhor idade, nas quais seriam desenvolvidas atividades como esportes, educação física e danças, durante toda a semana. Para isso, seriam contratados professores especialistas em gerontologia. Assim, será possível formar uma população de idosos ativa e com excelente qualidade de vida.