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Enviada em: 20/05/2019

O aumento da expectativa de vida é fator comum na conjuntura atual. No Brasil, 29,3 milhões de pessoas têm 60 anos ou mais, caracterizando o país como detentor da quinta maior população idosa do mundo. Dito isso, cabe refletir sobre os hábitos desse grupo e maneiras de aumentar sua qualidade de vida. Nesse sentido, a atividade física se delineia como prática eficaz, entretanto, ainda enfrenta entraves como a inoperância estatal no que tange a programas sociais desse perfil e a falta de incentivo familiar, que, muitas vezes, associa a velhice à invalidez. Por essas razões, medidas são necessárias para que o exercício físico faça parte da vida de todos os cidadãos longevos.       A princípio, é preciso frisar que, de acordo com o Ministério da Saúde, 29% dos brasileiros são sedentários. Dentro dessa porcentagem estão muitos idosos, os quais podem se beneficiar imensamente com a prática, pois ela ajuda a amenizar as consequências naturais que os anos já trazem, como diminuição do tônus muscular, da força e da coordenação motora. Contudo, muitos não sabem quais exercícios são indicados, por isso, é importante a presença de um profissional para conduzir essas pessoas, contexto em que o governo pode atuar e gerar resultados positivos no bem-estar dessa parcela da população.       Em adição a isso, assegura-se o dever constitucional da família de cuidar dos mais velhos. Tendo isso em mente e partindo do fato de que 30% dos idosos têm dificuldade para realizar atividades diárias, segundo o Ministério da Saúde, muitos filhos acabam excluindo os pais e avós do convívio social, alegando suas limitações. Consequentemente, há grande perda para a autonomia e autoestima deles, o que prejudica o equilíbrio durkheimiano da coletividade. Esse conceito, cunhado por Durkheim, diz que a sociedade é feita por partes que interagem entre si e só funciona se todos possuem seus direitos assegurados. Logo, os idosos não devem ser excluídos, sendo a atividade física vital para alcançar esse fim, visto que promove a integração entre as partes e a aproximação entre os indivíduos.       Fica clara, portanto, a importância da prática de exercícios para os idosos. Para que ela seja integrada à rotina de todos eles, cabe à Secretaria de Serviço Social dos municípios criar programas específicos desse tipo. Isso pode ser feito mediante contratação de profissionais de educação física que promovam aulas de dança, yoga e musculação feitas toda semana, de forma a tornar acessível e segura a prática da atividade para esse grupo. Ademais, o Ministério do Desenvolvimento Social deve criar campanhas para despertar a consciência dos familiares, por meio de propagandas televisivas e cartazes contendo sugestões de exercícios físicos para serem praticados por toda a família a fim de melhorar o bem-estar e a qualidade de vida dos mais velhos.