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Enviada em: 23/05/2019

Na mitologia grega, em Esparta, antes de tomar qualquer decisão importante para a pólis, o rei obrigatoriamente deve consultar a Gerúsia (membros com com idade superior a 60 anos), pois para os gregos, os anciãos eram considerados como os mais sábios homens na terra. Hodiernamente, o mito diverge totalmente do apreço à população idosa no Brasil, uma vez que, ao longo dos anos vê-se apenas uma sociedade atemporal, que acaba negligenciando a prática de atividade física e consequentemente não contribui para a qualidade de vida dos anciãos. Nessa perspectiva, esses desafios devem ser superados de imediato para que uma sociedade integrada seja alcançada.          É incontestável que os aspectos governamentais estejam entre as principais causas da falta de qualidade de vida dos idosos no Brasil. De acordo ao artigo 3 da constituição brasileira, explana o dever estatal de construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantindo o desenvolvimento nacional. No entanto, seguindo os últimos dados, nota-se que, devido a falta do hábito esportivo, boa parte da população decrépita do Brasil tem dificuldade na prática de atividades diárias, que, diante à falta de tempo da família para cuidado dos mesmos, acabam optando pela procura de asilos. A exemplo disso, o site de notícias da globo (G1), no primeiro semestre de 2019, apresentou diversos casos de maus tratos em casas de repouso, fato que atenua cada vez mais a saúde mental e física dessas pessoas.    Outrossim, da mesma forma, evidencia-se que a falta de empoderamento social também age como impulsionador do problema. Segundo Michael de Montaigne, a mais honrosa das ocupações é servir o público e ser útil as pessoas. No entanto, de maneira análoga ao pensamento do filósofo, a atuação produtiva à sociedade encontra-se distante no país,  uma vez que a população do seculo XXI pensa apenas no presente e negligencia a causa da melhoria de vida dos idosos, não levando em consideração que a velhice é uma das certezas da vida.    Infere-se, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas públicas que visem a construção de um Brasil melhor. Para que isso ocorra, cabe ao Ministério da Educação criar campanhas educacionais e difundi-las nos meios de alcance nacional, como a televisão e a internet, por intermédio da contratação de funcionários especializados, tais como professores e juristas renomados - a fim de que a comunidade escolar e a sociedade no geral - por conseguinte - conscientizem-se. Desse modo, os velhinhos brasileiros serão tão respeitados quanto a Gerúsia espartana.