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Enviada em: 04/06/2019

Sob o pensamento do filósofo Émile Durkheim, a sociedade é como um corpo biológico, onde as partes devem interagir para garantir a coesão e a igualdade. Dessa forma, sem o engajamento de todas as camadas sociais, o país pode voltar a sofrer com os efeitos ocasionados por doenças graves, como o sarampo e a poliomielite. Nesse contexto, garantir a vacinação dos brasileiros é um desafio, que tem com obstáculo não só o movimento antivacina, mas também, o alto poder alienante das redes sociais.       Vale destacar, de início, que um dos principais motivadores para o problema é o movimento antivacina. Isso porque tal setor social acredita que a vacina é uma substância inconfiável e pode causar sérios efeitos colaterais, como febre e infecções. Haja vista que segundo pesquisa realizada pela Universidade Federal de Santa Catarina, sobre as consequências provocadas pelas vacinas, em 2017, 30% dos entrevistados responderam que sofreram algum tipo de rejeição. Entretanto, as demais pessoas disseram que não sofreram sequelas. Assim, é fundamental que a sociedade entenda a importância de se prevenir contra doenças, como o sarampo e a poliomielite. Já que quem não se vacina, não coloca apenas a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares e outras pessoas com quem tem contato, além de contribuir para aumentar a circulação de patologias.        Faz - se mister, ainda, salientar o alto poder de alienação das redes sociais como impulsionador do tema. Visto que, facebook e instragram são ferramentas de grande impacto midiático e permitem cada vez mais interatividade entre os usuários. Porém, através delas circulam inúmeras correntes negativas, basta ver a "#vacinanao" e frases como “a vacina é mortal”. Portanto, fake news que nem essas, infelizmente são compartilhadas nas redes sociais e aplicativos de mensagens como o WhatsApp, alcançando mais de 500 mil pessoas, conforme dados exibidos na UOL Notícias. Tal situação agrava o problema de saúde pública, pois de acordo com Francis Bacon, “o modo mais seguro de prevenir as revoltas, é eliminar a sua matéria”. Por isso, é fundamental que haja conscientização nacional, com foco em impedir tais movimentos, bem como promover projetos sociais a favor da imunização.       Enfim, tendo em vista garantir a vacinação dos brasileiros, o Poder Público deve promover ações e diálogos mais inerentes à realidade social, por meio de debates e alertas sobre os perigos trazidos pela fakes news, assim como as consequências de doenças perigosas como o Sarampo e a Poliomielite. Isso pode ser feito deste cedo nas escolas, com elaborações de trabalhos em que os alunos, juntamente com os pais, vejam, ouçam e conheçam a atuação das vacinas no organismo, a fim de aprenderem sobre justiça social. Dessarte, os indivíduos residentes no Estado Brasileiro terão seus direitos garantidos, na prática, conforme Constituição Federal.