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Enviada em: 23/06/2019

Ao longo da vida passa-se por um processo fisiológico irreversível, o envelhecimento. Após se iniciar o declínio do sistema do corpo não há como obter reversão desse procedimento, mas com a atividade física pode-se amenizar a velocidade com que se processam as modificações no organismo. Logo, é evidente que a prática de exercícios físicos está diretamente associada à qualidade de vida dos idosos, uma vez que é essencial para a manutenção da saúde, melhorando as funções do organismo e prevenindo doenças, assim como proporcionam maior autonomia para o indivíduo.    Referente à qualidade de vida dos idosos, é possível perceber que a prática regular de exercícios físicos torna-se muito importante na prevenção de doenças comuns dessa faixa etária. Segundo o instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa, a tríade obesidade associada à hipertensão e diabetes incide principalmente sobre a população acima dos 60 anos. Nesse sentido, a nação japonesa é um exemplo a ser seguido. A prática diária de atividade física pelos indivíduos da terceira idade, costume adotado em 1928, resulta em 65 mil idosos com cem anos ou mais no país, segundo o censo de 2016.   Além disso, a perda de massa, força e qualidade do músculo esquelético, caracterizada pelo envelhecimento, impacta negativamente a vida do idoso, dificultando sua mobilidade, bem como a execução de tarefas diárias. Ao ter problemas para se movimentar ou realizar atividades rotineiras o indivíduo se torna dependente da ajuda de outros, o que tolhe sua autonomia. Nesse sentido, a prática de exercícios é um importante aliado, uma vez que proporciona o ganho de massa muscular, resistência e força ao idoso, auxiliando-o em sua rotina, assim como tornando-o menos dependente do auxílio de terceiros, o que lhe confere autonomia. O doutor Dráuzio Varella, em uma entrevista concedida à revista Cláudia, declara que a prática de exercícios físicos regulares foi o fator determinante em sua vida para que pudesse alcançar a terceira idade com saúde e independência para desempenhar seu trabalho ainda aos 76 anos, idade em que muitos idosos já deixaram de trabalhar devido às limitações impostas pelo envelhecimento.      Sendo assim, para garantir a saúde e autonomia da população de idosos no Brasil, é necessário que o poder Executivo amplie os planos de parceria com as prefeituras do país, destinando recursos especificamente para a construção de praças com equipamentos adequados à atividade física e espaços para caminhada, além de centros comunitários com atividades voltada para os idosos, como alongamentos e hidroginástica. Ademais, o Ministério da Saúde deve enviar agentes médicos até as casas, que, regularmente orientem os idosos, e familiares, quanto à necessidade e importância da prática de exercícios nessa delicada faixa etária.