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Enviada em: 28/06/2019

A prática de atividades físicas é essencial para o bem estar físico e psicológico do ser humano. Na pré-história, o homem se movimentava para caçar alimento, construir moradias, deslocar-se, entre outros. Na sociedade brasileira, entretanto, o movimento físico deixou de ser tão praticado, porque as pessoas têm fácil acesso aos bens que antes eram difíceis de conseguir. Nesse sentido, a falta das atividades físicas na rotina entrava a qualidade de vida do homem, especialmente a do idoso.       Precipuamente, é notório que o capitalismo e a globalização contribuíram para grandes mudanças sociais, como a acessibilidade à internet e à televisão. Assim, muitos indivíduos têm contato diário com as mais variadas tecnologias, principalmente os mais velhos que, por terem completado a jornada trabalhística (aposentados), ficam mais tempo em casa do que os mais jovens. Essa situação sedentária, cada vez mais presente, prejudica a saúde dos idosos de forma acentuada, uma vez que estes apresentam uma fisionomia mais vulnerável e fragilizada. Por analogia, um estudo baseado em dados da Pesquisa Nacional da Saúde (PNS), em 2017, aponta que mais de 50% dos cidadãos de 60 a 69 anos foram diagnosticados com hipertensão e estavam acima do peso - doenças causadas, majoritariamente, pela falta de atividades e exercícios corpóreos.     Outrossim, com o crescimento dos centros urbanos e dos comércios, os espaços públicos direcionados à prática de atividades físicas tornam-se cada vez menos disponibilizados, o que desestimula e até impossibilita a referida prática na rotina do público mais velho. Esse fato contradiz a crescente parcela de idosos no Brasil, que, segundo pesquisas da PNS, possui a quinta maior população idosa do mundo, com 29,3 milhões de indivíduos com mais de 60 anos. Ademais, o envelhecimento do corpo promove a perda de capacidades cruciais como a flexibilidade, a força e o equilíbrio, fato este que corrobora com a necessidade de estímulos e atividades na fase idosa.      Logo, é primordial que o Ministério da Saúde, em consorte com as emissoras de televisão, conscientize a população - principalmente a da terceira idade - sobre os benefícios de um físico ativo, mediante a promoção de programas voltados à saúde, como o "Bem Estar" da Rede Globo, com o fito de informar e estimular os idosos a praticarem as importantes atividades físicas. Além disso, a OMS e o Ministério das inovações tecnológicas devem construir mais ambientes para exercícios físicos adeptos ao público mais velho, por intermédio do uso de aparelhos adequados e de enquetes nas redes sociais, - que indicariam o apoio da população e as melhores localidades para determinadas áreas -, com a finalidade de incentivar as supracitadas atividades que, como exposto, são primordiais para a qualidade de vida dos idosos.