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Enviada em: 04/07/2019

"Tinha uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho tinha uma pedra". O recorte do poema de Drummond pode fazer analogia à questão da pouca relevância atribuída à prática de atividades físicas relacionada à qualidade de vida dos idosos no Brasil, que é um problema que gera incômodo à sociedade. Posto isso, é necessário analisar as causas para efetuar-se um combate eficiente à realidade vigente, que é papel tanto do Governo quanto da sociedade.           De início, é importante pontuar que as políticas públicas têm papel fundamental na superação desse obstáculo. Segundo Aristóteles, o Governo deve, acima de tudo, garantir o bem-estar da população. No entanto, deve-se esclarecer, para a população, que o Estado não peca no quesito do quanto investir, mas sim no que investir, pois mesmo que o Estado aplique bastante verba na resolução dessa adversidade, principalmente em medicações, é notório que este investimento não é de todo efetivo. Conforme o médico brasileiro Drauzio Varella, os benefícios da atividade física não se aplicam somente ao corpo físico do indivíduo, mas ao psicológico também. Diante disso, o Estado deve redirecionar parte dos investimentos para desenvolver e colocar em prática programas sociais que prezam e estimulam à atividade física na 3ª idade, pois já foi comprovado cientificamente que esta é, extremamente benéfica, de uma forma geral, aos indivíduo que a praticam.           Ademais, as novas tecnologias contribuem para a acentuação da problemática. Os crescentes avanços nos mais variados ramos tecnológicos propiciaram à sociedade brasileira um modelo de vida sedentário. Este fato pode ser evidenciado mediante a pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, a qual destaca que 29% dos brasileiros são sedentários. Diante disso, é imprescindível que a sociedade, principalmente os mais velhos, tomem ciência de que o sedentarismo atua como porta de entrada para as demais doenças e compreendam que a solução para esse revés é muito simples, a prática regular de atividades físicas.           Conclui-se, diante do exposto, que a questão da pouca relevância atribuída à prática de atividades físicas relacionada à qualidade de vida dos idosos no Brasil ainda é um problema a ser resolvido. Sendo assim, com o objetivo de minimizar esse revés, urge, que o Superministério da Cidadania em conjunto com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, por meio da captação e excelente otimização dos recursos enviados pelo Estado, promovam palestras, atividades físicas e lúdicas, para todas as idades, em praças públicas, com o intuito de promover e difundir principalmente a inclusão social, a independência e a autonomia das atividades realizadas pelos idosos no cotidiano. Dessa forma, essa pedra poderá ser retirada do caminho social.